Apesar do número crescente de novos casos de covid-19, os dados da última semana relativos às taxas de ocupação de leitos de UTI para adultos, no Sistema Único de Saúde (SUS), indicam tendência de melhora pela primeira vez neste ano. É o que aponta o Observatório Covid-19, divulgado ontem pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os números coletados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), sobre as mortes e o registro de infecções, parecem corroborar a tendência apontada pela Fiocruz. Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 854 mortes e 120.549 novos casos de covid-19. Assim, o país acumula 639.689 óbitos e 27.659.052 infectados desde o início da pandemia. A média móvel de vidas perdidas em sete dias ficou em 840, ante 888 na segunda-feira e 820 mortes, há uma semana.
Das nove unidades da Federação que se encontravam na zona crítica (taxas iguais ou superiores a 80%) na semana anterior, somente quatro permaneceram: Rio Grande do Norte, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Outras cinco passaram para a zona de alerta intermediário (taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%): Tocantins, Piauí, Espírito Santo, Mato Grosso e Goiás. Amapá e Ceará, que estavam na zona de alerta intermediário, saíram.
O Observatório destaca que, embora algumas taxas de ocupação de leitos ainda estejam muito elevadas, o enfraquecimento da grande onda de casos provocada pela ômicron, sentida em dados epidemiológicos, está começando a se refletir na diminuição da ocupação das vagas de UTI. Os pesquisadores da Fiocruz observam que os avanços na campanha de vacinação foram fundamentais para impedir números maiores de casos críticos e graves, internações e óbitos. Porém alertam que não se pode ignorar que riscos de reveses permanecem.
Segundo a fundação, a vacinação foi responsável para que a letalidade da covid-19 no período atual não seja tão alta quanto em períodos anteriores — atualmente, está em torno de meio porcento (0,4%), enquanto no período mais crítico chegou a 4%. Hoje, uma a cada 200 pessoas notificadas com covid-19 vem a óbito. Nos períodos anteriores da pandemia, esse número foi de quatro mortes a cada 100 pessoas, como foi em de 2021. (Com MEA*)
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