LUTO

Morre aos 93 anos o acadêmico Candido Mendes de Almeida

Segundo informações da Academia Brasileira de Letras, o corpo será cremado amanhã (18), no Rio de Janeiro

Ingrid Soares
postado em 17/02/2022 21:21 / atualizado em 17/02/2022 21:40
 (crédito: Reprodução / Academia Brasileira)
(crédito: Reprodução / Academia Brasileira)

O acadêmico e professor Candido Mendes de Almeida morreu, nesta quinta-feira (17/02) no Rio de Janeiro, aos 93 anos. Ele foi vítima de embolia pulmonar. Segundo informações da Academia Brasileira de Letras, o corpo será cremado amanhã (18). O presidente da ABL, Acadêmico Merval Pereira determinou o cumprimento de luto de três dias e que a bandeira da Academia fosse hasteada a meio mastro. O estudioso era casado com a médica e pesquisadora Margareth Dalcolmo.

Candido nasceu no Rio de Janeiro em 3 de junho de 1928. Foi professor, educador, advogado, sociólogo, cientista político e ensaísta brasileiro. Bacharel em Direito (1950) e Filosofia (1951) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e Doutor em Direito pela Faculdade Nacional de Direito, na Universidade do Brasil. É o quinto ocupante da Cadeira nº 35 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 24 de agosto de 1989, na sucessão de Celso Cunha. Entre suas obras publicadas, destacam-se: “Nacionalismo e Desenvolvimento” (1963), “O País da Paciência” (2000), “Subcultura e mudança: por que me envergonho do meu país" (2010), “A razão armada” (2012), entre outras.

Atuou como professor universitário (assistente, titular, chefe de Departamento) nas universidades: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ); Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas (FGV); Faculdade de Direito Candido Mendes; Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro; Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). Foi reitor da Universidade Candido Mendes (1997). Possuia uma extensa atuação como professor visitante em universidades do exterior, como Brown University, New York University, New Mexico University, University of California (LA), Stanford University, Columbia University, Harvard University, entre outras.

Foi membro do Conselho de Cooperação Educacional com a América Latina, do Education and World Affairs (1968), membro do Conselho Diretor do International Institute for Educational Planning (IIEP) – 1976-85 e Presidente do Comitê de Programas do International Social Science Council (ISSC), 1974 – órgão representativo das organizações não-governamentais de Ciências Sociais reconhecidas pela UNESCO e Presidente do Instituto do Pluralismo Cultural, entre outros.

Na ABL, Candido Mendes foi o quinto ocupante da Cadeira nº 35, tendo sido eleito em 24 de agosto de 1989, na sucessão de Celso Cunha. O advogado tomou posse em 12 de setembro de 1990. Ele foi o quinto ocupante da Cadeira nº 35, eleito em 24 de agosto de 1989, na sucessão de Celso Cunha e recebido em 12 de setembro de 1990 pelo Acadêmico Eduardo Portella. Recebeu os Acadêmicos Darcy Ribeiro, Cícero Sandroni e Hélio Jaguaribe.

Em nota, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular lamentaram o falecimento do professor Candido Mendes.

"Ele foi fundador e primeiro presidente da ABMES, além de imortal da Academia Brasileira de Letras, educador, escritor, legislador e pensador da cultura brasileira. Os membros das entidades consideram uma perda inestimável para educação brasileira e desejam que sua obra tenha continuidade por meio da reconhecida Universidade Candido Mendes, fundada por seu avô".

Celso Niskier, diretor presidente da Associação, afirmou que Candido é "figura inspiradora para todos os educadores". "A ABMES manifesta sua profunda consternação com a perda dessa figura tão inspiradora para todos nós educadores".

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