Servidores Públicos

Policiais e Bombeiros de Minas fazem protesto em Belo Horizonte

Categorias cobram reajustes salariais do governo de Minas e fecham ruas do centro da capital do estado

Mateus Parreiras - Estado de Minas
postado em 21/02/2022 12:24
Policiais e bombeiros se reuniram na manhã desta segunda-feira (21/2) no Centro de BH em uma manifestação contra o governo Zema, que ainda não cumpriu promessa de conceder 41% de reajuste salarial -  (crédito: Edésio Ferreira/EM/DA Press )
Policiais e bombeiros se reuniram na manhã desta segunda-feira (21/2) no Centro de BH em uma manifestação contra o governo Zema, que ainda não cumpriu promessa de conceder 41% de reajuste salarial - (crédito: Edésio Ferreira/EM/DA Press )

Policiais e bombeiros que participam da manifestação por reajuste salarial nesta segunda-feira (21/2) em Belo Horizonte se concentram na Praça Sete, onde tomaram todos os espaços e cobram a recomposição, atiram bombas e disparam foguetes.

A categoria recebeu apoio dos comerciantes e do público que circula pelo Centro. Motoboys empurram suas motos dentro dos quarteirões fechados da praça para poder seguir. Carros estão sendo desviados pela PM de trânsito. Organizadores dizem que há 30 mil pessoas na manifestação. Alguns manifestantes foram vistos usando armas durante o protesto.

O ponto de encontro do protesto foi a Praça da Estação, também no Centro. Da Praça Sete, eles devem seguir pela Avenida Amazonas, Avenida Álvares Cabral, Rua Rodrigues Caldas, até a Praça da Assembleia.

Entenda

Em 2020, o governador enviou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 1.451/20, que fazia recomposição de 41%, dividida em três parcelas, sendo 13% em julho de 2020, 12% em setembro de 2021 e 12% em setembro de 2022.

“Nesses últimos dias nós parlamentares e as entidades de classe temos tentado de todas as formas sensibilizar o governo, mas a paciência acabou. Sempre a mesma ladainha. Mesma chorumela. Dizem que precisam aderir ao regime de recuperação fiscal para poder dar a recomposição. Acabou paciência. Chega. Ou dão o reajuste prometido ou a segurança publica vai dar uma resposta à altura. Se não negociar a polícia vai parar”, disse o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) na manifestação.

Mais cedo, em entrevista à rádio Itatiaia, o secretário-geral de Governo, Mateus Simões, disse que o estado tenta estudar alternativas para solucionar o problema do reajuste.

“A gente reconhece que houve uma perda do poder de compra dos servidores como um todo, dos policiais especialmente, que não tiveram recomposição durante o mandato do último governador (Fernando Pimentel - PT). Mas, infelizmente, a questão não é o reconhecimento desse direito, é a falta de condições do estado diante das liminares do STF (Supremo Tribunal Federal) de conceder esse reajuste agora. Nós estamos atrás de alternativas. É absolutamente legítima a manifestação que vai acontecer hoje e este é um problema que tem tirado o sono de todos aqueles que fazem parte da cúpula do governo. Nós estamos buscando alternativas para entender como promover a recomposição da perda inflacionária, especialmente desse último ano em que a inflação foi muito severa”, disse.

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