O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) enviou para Petrópolis uma equipe especializada em resgate e salvamento para atuar no auxílio aos inúmeros desabrigados e desalojados atingidos pela tempestade que devastou a cidade, na última terça-feira. Os socorristas seguem para a cidade fluminense atendendo o pedido feito pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ). Nove militares e três cães embarcaram em três viaturas para colaborar, também, nas buscas por desaparecidos.
Outras unidades da Federação, como São Paulo e Minas Gerais, remeteram times especializados em grandes tragédias naturais. Os mineiros, por exemplo, mandaram uma das equipes que trabalharam na tragédia de Brumadinho.
Em outra frente, o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou, ontem, a liberação de mais R$ 500 milhões para locais no Brasil que tiveram impactos dos temporais, incluindo Petrópolis. O Ministério da Cidadania e o da Infraestrutura ainda devem destinar, respectivamente, mais R$ 700 milhões e R$ 500 milhões para as vítimas da tragédia.
A fim de amenizar a situação, o governo federal autorizou, na última quinta-feira, o primeiro repasse de recursos para ações de defesa civil em Petrópolis. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, nesse primeiro momento foram destinados R$ 2,33 milhões para assistência às pessoas afetadas e para serviços de limpeza urbana.
Já o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou, também ontem, que um "caminhão-agência" está disponível na cidade para o atendimento dos desabrigados e desalojados. Ele garantiu que "a liberação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) será em alguns dias" — para que as pessoas possam reconstruir suas vidas.
Sobrevoo
Bolsonaro sobrevoou as áreas atingidas pelas chuvas em Petrópolis, logo depois de chegar ao Brasil, vindo da viagem que fez à Rússia e à Hungria. "Vi uma intensa destruição. É uma imagem de guerra, lamentável. Tivemos uma perfeita noção da gravidade do que aconteceu", disse.
O presidente reforçou o discurso das autoridades de que não havia como prever a tragédia na cidade — cujos dispositivos de proteção contra eventuais desastres naturais pouco evoluiu depois da destruição de 11 anos atrás, quando 94 pessoas morreram soterradas ou levadas pelas enxurradas. "Por muitas vezes não tem como nos precaver de tudo que possa acontecer nesses 8 milhões e meio de quilômetros quadrados. A população, logicamente, tem razão em criticar. Mas, aqui, é uma região bastante acidentada", justificou.
*Estagiários sob a supervisão de Fabio Grecchi