PATRIMÔNIO MUNDIAL

Proteção emergencial em Congonhas

Gustavo Werneck Túlio Santos
postado em 02/03/2022 00:01
 (crédito:  Crédito: Governo /MG/Divulgação)
(crédito: Crédito: Governo /MG/Divulgação)

Afetado pelas chuvas de janeiro, o conjunto arquitetônico do Santuário Basílica Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG), precisou de uma proteção emergencial para evitar danos maiores às capelas da Santa Ceia e da Flagelação. Os locais formam dois dos Passos da Paixão de Cristo e sofreram com as infiltrações.

Por orientação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a prefeitura de Congonhas instalou uma cobertura, primeiramente na Santa Ceia, para proteção do monumento que guarda parte das 64 imagens esculpidas por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814).

A superintendente do Iphan em Minas, Débora do Nascimento França, explicou que se trata de uma cobertura provisória externa, em estrutura metálica e lona, afixada no chão. "Houve a infiltração e, para não haver mais problemas nesta temporada de chuva, vamos ficar com a cobertura até ser iniciado o trabalho de restauro dessa e das demais capelas", disse.

Débora França adiantou que, ainda nesta semana, fará uma reunião com a equipe da Prefeitura de Congonhas para conferir o término da cobertura da Santa Ceia e definir os detalhes da próxima etapa, que é a Capela da Flagelação. O conjunto foi tombado pela Iphan em 1939 e reconhecido como Patrimônio Mundial em 1985, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Em nota, a prefeitura de Congonhas esclarece que "todas as 64 imagens em madeira de cedro, esculpidas por Aleijadinho, não sofreram contato ou danos com as chuvas" e são monitoradas em conjunto com o escritório técnico do Iphan de Congonhas, o Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico (Comuphac) e a Reitoria da Basílica, proprietária do santuário. Entre outros tesouros da arte brasileira, o local reúne os 12 profetas esculpidos em pedra-sabão por Aleijadinho entre 1800 e 1805.

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