Violência

Ônibus é incendiado em BH e criminosos deixam carta

Crime ocorreu durante a madrugada no ponto final de duas linhas. Carta tem reivindicações para penitenciária. Moradores do quarteirão estão sem luz

Cristiane Silva - Estado de Minas
Leandro Couri- Estado de Minas
postado em 04/03/2022 10:55
 (crédito: Leandro Couri/EM/DA Press)
(crédito: Leandro Couri/EM/DA Press)

Um ônibus foi incendiado no fim da madrugada desta sexta-feira (4/3) no Bairro Vista Alegre, Região Oeste de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar (PM), os criminosos deixaram uma carta.

O incêndio foi por volta das 5h no ponto final das linhas 2151 (Vista Alegre/Serra) e 1502 (Guarani/Vista Alegre), na esquina da Avenida Padre José Maurício com a Rua Ildeu Moreira.

De acordo com a Polícia Militar, o motorista do coletivo disse que dois homens armados se aproximaram e entregaram uma carta a ele. Em seguida, jogaram gasolina no ônibus e atearam fogo. Conforme a PM, a testemunha disse que a carta tem reivindicações de direitos para detentos da Penitenciária de Francisco Sá, no Norte de Minas.

O Corpo de Bombeiros foi chamado para apagar o incêndio. Foram gastos 4 mil litros de água. O ônibus queimado estava perto de um poste e três famílias da região ficaram sem energia elétrica.

Uma das casas afetadas é a de Rosana Gomes, de 57 anos. Após sentir um forte cheiro de borracha, ela saiu para ver o que estava acontecendo e foi surpreendida pelo ônibus em chamas. “Quando os bombeiros chegaram, já estava uma carcaça. A coisa foi feia. As pessoas estão sem luz, ninguém sabe que horas vai chegar. Foi muito grande o susto, porque tinha muita fumaça mesmo. Eu achei que ia invadir a minha casa. Comecei a fechar as portas”, contou.

Setra divulga nota

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) divulgou uma nota à imprensa nesta manhã lamentando a perda do veículo da linha 2151. “A entidade destaca que, além da perda material e financeira das empresas, os maiores prejudicados com esse tipo de ação criminosa são os passageiros. O seguro de frota contratado não cobre este tipo de prejuízo, pois foi causado por ato de vandalismo criminoso”, diz o texto.

Ainda na nota, o sindicato voltou a reclamar do contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte para operação na cidade, citando a crise das empresas do sistema, e disse que a reposição do ônibus exigiria um investimento de mais de R$ 600 mil. O SetraBH também diz que, na semana passada, notificou os órgãos de segurança pública e a Guarda Civil Municipal para que “que garantissem a segurança dos usuários e a integridade dos ativos utilizados no serviço público de transporte de passageiros de BH”, durante o movimento de greve dos servidores.

 


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