Um estudo da Coalizão Covid-19, divulgado ontem, aponta que a utilização de hidroxicloroquina não promove melhoria na evolução clínica dos pacientes com a doença. O levantamento mostrou que não houve diferença significativa no risco de hospitalização quando comparadas pessoas que tomaram a substância e que receberam placebo. Também não há distância expressiva dos números de óbitos ou eventos adversos sérios entre os grupos que participaram da pesquisa.
Os resultados foram publicados no periódico científico The Lancet Regional Health — Americas, na última quinta-feira. O estudo contou com apoio da farmacêutica EMS, que forneceu os medicamentos, e foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O objetivo principal foi avaliar taxas de hospitalização devido às complicações causadas pela covid em até 30 dias após o início do estudo. Participaram 1.372 pacientes.
O estudo começou em 12 de maio de 2020 e terminou em 7 de julho de 2021, com a participação de 56 centros de pesquisa brasileiros. O método utilizado foi por meio de randomização (sorteio) de pacientes não hospitalizados; com quadros leves ou moderados de covid em até sete dias do início dos sintomas; com pelo menos uma característica clínica (comorbidade) que aumentasse o risco de deterioração clínica relacionada à doença.
Segundo a pesquisadora Viviane Cordeiro, que participou da pesquisa, "ninguém sabia o que estava sendo administrado para o paciente. Não tivemos diferença. A cloroquina é ineficaz também para esse grupo de pacientes não hospitalizados".
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