O Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou, ontem, quatro pessoas pelo envolvimento no assassinato do pastor Anderson de Carmo, que era marido da ex-deputada federal Flordelis. Ainda faltam ser julgados outros cinco acusados do crime, entre eles a própria ex-parlamentar. A próxima sessão de julgamento será em 9 de maio, quando também será definido o destino de duas filhas e uma neta da acusada.
Entre os condenados está o filho adotivo de Flordelis, Carlos Ubiraci da Silva — inocentado da acusação de homicídio triplamente qualificado, mas condenado por associação criminosa. Pegou reclusão em regime semiaberto por dois anos e dois meses.
Além dele, o filho biológico de Flordelis, Adriano dos Santos Rodrigues, foi punido por uso de documento falso duas vezes e por associação criminosa armada — condenado a regime semiaberto por quatro anos e seis meses. Já o ex-policial militar Marcos Siqueira Costa e a mulher dele, Andrea Santos Maia, foram punidos pelos mesmos crimes de Adriano — pegarão, respectivamente, cinco anos e 20 dias de prisão e quatro anos e três meses.
O documento falso analisado no julgamento foi uma carta forjada para inocentar a ex-deputada. No texto, outro filho de Flordelis, Lucas dos Santos de Souza, teria confessado a autoria do assassinato de Anderson. Segundo as investigações, Marcos Siqueira, o ex-PM, teria auxiliado a mulher na produção da carta.
Além de Lucas, outro filho de Flordelis já foi condenado por envolvimento no assassinato, em novembro. Flávio Santos, filho biológico da ex-deputada, foi condenado a 33 anos dois meses e 20 dias por homicídio triplamente qualificado consumado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada.
O julgamento no Fórum de Niterói durou mais de 20 horas. O julgamento havia começado às 10h45 de terça-feira e os jurados ficaram reunidos por mais de duas horas para decidir o caso.
*Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi
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