CELEBRAÇÃO

Tapetes de serragem colorem Ouro Preto para a celebração da Páscoa

Depois de dois anos de isolamento devido à pandemia, a tradição voltou às ruas da cidade histórica de Minas Gerais

Márcia Maria Cruz - Estado de Minas
postado em 17/04/2022 10:51 / atualizado em 17/04/2022 10:55
Celebração da Páscoa nas ruas de Ouro Preto -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Celebração da Páscoa nas ruas de Ouro Preto - (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

A lua cheia ainda podia ser vista nas primeiras horas deste Domingo de Páscoa (17/4), em Ouro Preto, anunciando a ressurreição de Jesus. Nas sacadas dos casarões históricos, os panos brancos demonstram que o luto acabou. Cristo venceu a morte. E a humanidade está vencendo a covid-19.

  • Celebração da Páscoa nas ruas de Ouro Preto (MG) Leandro Couri/EM/D.A Press
  • Celebração da Páscoa nas ruas de Ouro Preto (MG) Leandro Couri/EM/D.A Press
  • Celebração da Páscoa nas ruas de Ouro Preto Leandro Couri/EM/D.A Press

Pelas ruas da cidade, muitas cores. Os tapetes devocionais, que simbolizam o novo tempo, em 2022 têm o sentido de renovação potencializado. Depois de dois anos de isolamento devido à pandemia, a tradição voltou às ruas da cidade histórica.

Na rua Direita, os tapetes trazem imagens de Jesus Cristo, do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora Aparecida. Mandalas, flores e a imagem de uma mulher negra. Uma tradição que remonta o século 18.

Luzita Rita Maria, de 68 anos, acordou cedo para acompanhar a celebração na Igreja de Nossa do Pilar. "É uma tradição linda. Devido à pandemia, nos anos para trás, não teve. Agora está recomeçando", diz ela que vive em Ouro Preto há 35 anos. O sentimento é de muita alegria. "Vou pedir saúde e paz mundial", pede em relação aos conflitos do mundo. Ela também agradecerá a graça de não ter se infectado com o novo coronavírus.

Alicce Maria, de 7 anos, vestida de anjo seguia com a mãe Edna Aparecida Silvestre, de 45 anos, para a missa no Pilar. "Desde bebezinha, ela se veste de anjo. Ficamos dois anos sem vir devido à pandemia, e este ano, estamos retomando. É uma emoção muito grande, quase não dá para descrever". Ela agradece a Deus por ter atravessado toda a pademia com saúde.

Edna aproveitou para eternizar o momento da pequena, fotografando-a próxima aos tapetes. "A tradição dos tapetes é passada de geração em geração, e simboliza a espiritualidade de todo católico na nossa cidade."

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