Sete escolas de samba desfilam na segunda noite do carnaval de São Paulo, a partir das 22h30 deste sábado. Como na sexta-feira, os enredos seguem variados, com temáticas como a desigualdade social, a trajetória da cantora Clementina de Jesus, a diversidade étnica e religiosa, a comunicação do início até os influenciadores digitais e a entidade Zé Pilintra, entre outros. Mas o centro das atenções deve ficar para a exibição, logo no início, da Vai-Vai.
Maior campeã do carnaval paulistano, com 15 títulos, a Vai-Vai abrirá a segunda noite com o enredo Sankofa!, inspirado em uma ave sagrada africana, relacionada ao ensinamento que "nunca é tarde para voltar atrás e buscar o que ficou perdido". A autoria é do carnavalesco Chico Spinoza.
A proposta conversa com a trajetória da escola, nascida em 1930 como cordão e uma das mais tradicionais, que retorna após um ano no Acesso I, no qual se sagrou campeã em 2020 - na sequência, houve a paralisação por causa da pandemia de covid-19. O samba-enredo é de autoria do cantor Xande de Pilares e de Rodrigo Peu, Claudio Russo, Junior Gigante, Jairo Limozine, Silas Augusto, Zé Paulo Sierra e Bruno Giannelli.
O samba faz alusões à trajetória da própria escola, citando nomes históricos como os do sambista Geraldo Filme e de Dona Olívia, uma dos fundadores. "Tambor africano de negra bravura/ É o mesmo tambor da Saracura/ Quilombo do samba não morre jamais/ Eu sou Vai-Vai."
Em seguida, às 23h35, a Gaviões da Fiel deve chamar a atenção com um enredo crítico, batizado de Basta!, sobre as desigualdades sociais. A escola tem anunciado que vai defender os valores da democracia, igualdade, sustentabilidade e paz durante o desfile.
Depois, à 0h40, será a vez da Mocidade Alegre, que ficou em terceiro lugar no último carnaval. O enredo Quelémentina, cadê você? faz homenagem à cantora Clementina de Jesus.
Na sequência, a Águia de Ouro desfilará a partir da 1h45. O enredo é voltado à exaltação da diversidade étnica e cultural brasileira e contra a intolerância religiosa. Fundada em 1976, a escola é a atual campeã do carnaval. O samba-enredo é batizado de Afoxé de Oxalá - No 'cortejo de babá', um canto de luz em tempo de trevas.
Às 2h50, será a vez da Barroca Zona Sul, que abordará a figura do Zé Pilintra, o malandro-boêmio considerado como entidade por religiões brasileiras de matriz africana. A penúltima escola a desfilar é a Rosas de Ouro, às 3h55, falando dos rituais e caminhos para a cura dos maless.
Por fim, a Império de Casa Verde entrará às 5h. O desfile viajará dos "primórdios da humanidade" até os influenciadores digitais para falar sobre "o poder das comunicações".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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