Foragidos

Tortura: pais suspeitos de bater, enforcar e deixar criança com fome

Os pais já tinham mandado de prisão em aberto expedido pela Justiça de SP e eram procurados por bater, enforcar e até deixar a criança de 11 anos com fome

Vinícius Lemos - EM
postado em 09/05/2022 09:53
 (crédito: Vinícius Lemos)
(crédito: Vinícius Lemos)

Pai e mãe que eram procurados pela polícia por suspeita de terem torturado o próprio filho no interior de São Paulo foram encontrados e presos na cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. No dia 3 de maio, em Itu, a criança de 11 anos foi encontrada com marcas de violência após fugir de casa e relatar torturas há, pelo menos, cinco dias.

O casal foi detido no Bairro Élisson Pietro, na Zona Sul de Uberlândia, após uma ação da Polícia Militar, que havia recebido uma informação da presença da mulher e do homem que fugiram de Itu. Eles já tinham um mandado de prisão em aberto por tortura, lesão corporal e abandono de incapaz.

“Diante das informações recebidas, nós mobilizamos os esforços do turno, montamos uma operação, através da qual conseguimos localizar, identificar e promover a prisão desse casal em cumprimento ao mandado de prisão que foi expedido pela justiça de São Paulo”, disse o tenente da PM mineira, Wanderson Vaz.

O homem estava em um carro e a mulher um pouco mais à frente do veículo. Ainda segunda a polícia, não houve reação dos suspeitos, que também não informaram há quanto tempo estariam em Uberlândia. Eles estavam na casa de amigos e uma criança de três anos, que seria também do casal, foi encontrada e entregue a tios paternos.

O casal foi entregue à Polícia Civil e está à disposição da Justiça paulista.


O crime


No dia 2 de maio, a vítima fugiu de casa e foi encontrada com uma série de ferimentos. O menino relatou que apanhava e chegou a ser enforcado com um fio. Segundo relato da criança, as agressões aconteciam desde que ele tinha 7 anos e seriam de natureza física e psicológica.

Ele relatou que chegou a ser impedido de comer dentro da casa dos pais. Eles eram moradores do Bairro Vila da Paz. O menor era obrigado a mentir e esconder que apanhava.

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