O homem acusado de ser o assassino do ator Rafael Miguel e dos pais dele, em 2019, foi preso, ontem, em São Paulo. Foragido desde os crimes, Paulo Cupertino Matias, de 50 anos, estava escondido no Jardim Miriam, bairro paulistano na Zona Sul. Ele teria matado o jovem por não aceitar que namorasse sua filha, Isabela Tibcherani, e responderá por homicídio duplamente qualificado.
Cupertino estava incluído na lista de Difusão Vermelha, da Interpol, e era considerado o criminoso mais perigoso e procurado da capital paulista. A Polícia Civil recebeu a informação de que o assassino de Rafael estaria na cidade e montou a operação para capturá-lo.
Quando foi assassinado, o ator estava com 22 anos — o pai, João Alcisio Miguel, tinha 52 e a mãe, Miriam Selma Miguel, 50. A família foi morta em frente à residência de Isabela, pois tinham ido tentar convencer Cupertino de que Rafael tinha boas intenções com Isabela.
O crime aconteceu em 9 de junho de 2019 e imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o empresário atira em Rafael e nos pais. Dois amigos de Cupertino são réus na investigação por terem ajudado na fuga.
O ator interpretou o personagem Paçoca, de Chiquititas, trama que foi transmitida pelo SBT entre 2013 e 2015. O jovem também gravou vários comerciais e ficou conhecido ainda criança por participar de uma peça publicitária na qual pedia à mãe para comprar brócolis e chicória.
Ao saber da prisão do pai, Isabela se manifestou pelas redes sociais. "Fui informada do ocorrido. Não consigo falar muito [a] respeito agora, mas quero agradecer todas as mensagens e todo o apoio. É uma mistura muito grande de sentimentos e agora preciso de espaço. Grata, Isabela", disse, na publicação.
Isabela admite que a relação dela com o pai era estremecida — disse que Cupertino nunca teve uma "boa índole". "Eu já deixei sempre muito claro que nossa relação nunca foi saudável e que tudo que ele fez, embora não fosse esperado uma reação daquela, não era tão surpreendente pela índole que ele tem", disse.
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