CRIME

Mulher que matou mulher grávida para ficar com bebê é condenada

Investigações mostraram que a assassina matou a vítima e fez um parto clandestino da bebê que a mulher esperava em um matagal

A Justiça condenou há mais de 30 anos de prisão, a dona de casa Angelina Ferreira Rodrigues. Ela era acusada de homicídio quadruplamente qualificado após matar uma mulher grávida e ter roubado a recém-nascida de oito meses da barriga da mãe. O crime aconteceu em outubro de 2018, em João Pinheiro, região Noroeste de Minas Gerais.

O julgamento durou mais de 16 horas. De acordo com o Ministério Público, Angelina matou Mara Cristina Ribeiro da Silva que estava grávida de oito meses. As investigações mostraram que a assassina amarrou a vítima em uma árvore pelo pescoço com um arame e cortou a barriga dela com uma faca e retirado o bebê que a vítima esperava. No mesmo dia, por volta de 15h30, no Hospital Municipal, a acusada disse que deu à luz a uma recém-nascida da vítima como se fosse filha dela.

No hospital, a mulher disse que deu à luz a uma recém-nascida apresentando a bebê da vítima como se fosse dela e, se recusou a fazer exames obstétricos. Diante da recusa, um médico acionou a polícia. Em depoimento, a mulher confessou que a criança não era dela e sim de uma amiga.

 

Gravidez falsa

Segundo o MP, Angelina e Mara se conheciam e teriam selado um pacto para que a vítima entregasse o bebê a assassina assim que a criança nascesse. Durante o período de gestação da vítima, Angelina simulou uma gravidez e usava as redes sociais para postar fotos em que sempre mostrava a barriga e peças de roupas de bebê.

Condenação

Durante o julgamento, 11 testemunhas foram ouvidas e a defesa de Angelina ainda tentou argumentar que a mulher não tinha condições mentais normais e agiu por viver fora da realidade. A mulher foi condenada a 30 anos, 2 meses e 10 dias de prisão em regime fechado.