Minas Gerais

CPI da Serra do Curral precisa de duas assinaturas para ser protocolada

Requerimento para que a comissão seja protocolada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais precisa de 26 assinaturas

A abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para investigar o aval do Governo de Minas para que a Taquaril Mineração S.A (Tamisa) atue na Serra do Curral, em áreas entre os municípios mineiros de Sabará, Nova Lima e Belo Horizonte, está em stand-by. Até essa terça-feira (24/05), 24 deputados estaduais tinham assinado o documento, de autoria da parlamentar Ana Paula Siqueira (Rede).

Para que o texto seja protocolado e a abertura da CPI da Serra do Curral comece a ser avaliada pela presidência da Casa, são necessárias 26 assinaturas - a Casa conta com 77 deputados. O número já chegou a ser de 25.

O ofício para que a CPI da Serra do Curral fosse protocolada foi produzido em 2 de maio deste ano. A aprovação do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) se deu em 30 de abril.

O documento que reivindica a investigação questiona a autorização minerária dada pelo Copam, órgão ligado ao Governo de Minas. Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, defende o empreendimento.

"Eu acho que você ficaria muito indignada, porque se você fez tudo certo, de boa-fé e está cumprindo a lei, por que eu não vou dar autorização para você construir a sua casa?", comentou Zema, em 17 de maio, à TV Globo.

Caso o requerimento chegue no número "mágico" de 26 assinaturas, a tendência é de que a CPI seja aberta pela mesa diretora. Isso porque o presidente da Casa, deputado estadual Agostinho Patrus (PSD), manifestou-se de forma contrária à mineração e é tido como rival político de Zema.