JUSTIÇA TRABALHISTA

Demitido por igreja evangélica diz que foi alvo de homofobia

Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias demitiu funcionário por, supostamente, ele ter violado o código de conduta da instituição

Correio Braziliense
postado em 06/06/2022 12:18 / atualizado em 06/06/2022 12:30
 (crédito: AFP / OSCAR DEL POZO)
(crédito: AFP / OSCAR DEL POZO)

Um ex-funcionário da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias terá que ser reintegrado ao trabalho por decisão da Justiça do Trabalho de São Paulo. O funcionário tinha sido demitido por justa causa por, ter infringido o código de conduta da instituição ao, supostamente, ter cometido infidelidade conjugal.

O empregado, no entanto, alega que foi alvo de homofobia. De acordo com o ex-funcionário, ele já não vivia mais com a mulher desde 2016, quando começou um relacionamento com um homem.

Na decisão da juíza Caroline Ferreira Ferrari, desta sexta-feira (3/6), ela manda a instituição reintegrar o funcionário provisoriamente devido a impossibilidade dele usar o plano de saúde. Na decisão, em tutela de urgência, ela destaca que ele tem uma cirurgia marcada para 15 de junho, tem mais de 60 anos, já teve câncer e é portador de HIV. A Justiça ainda não avaliou a alegação de ter tido discriminação. 

Em nota à Folha de S. Paulo, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias negou as acusações. "Um funcionário não é demitido devido à sua identidade ou preferência sexual", diz. De acordo com a instituição, os funcionários assinaram um termo em que aceitavam viver de acordo com as normas da igreja. 

No processo, o homem pede para ser reintegrado ao trabalho ou o cancelamento da justa causa. Além disso, ele pede o pagamento de indenização por danos morais de R$ 750 mil. 

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