homofobia

PGR defende que denúncia contra ex-ministro prossiga

Roger Dias
postado em 07/06/2022 00:01
 (crédito: Credito:Catarina Chaves/CB/D.A Press)
(crédito: Credito:Catarina Chaves/CB/D.A Press)

Os jornalistas Lucas Neiva e Vanessa Lippelt, do portal Congresso em Foco, sofreram ameaças de morte desde que denunciaram um esquema de impulsionamento de fake news a fim de favorecer a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). As intimidações partiram do site 1500chan.

Além de mensagens intimidatórias contra os dois, ameaçando-os de morte, Vanessa ainda recebeu mensagens de alguém afirmando que ela seria submetida a violência sexual. Na mesma mensagem, ela também recebeu uma foto de uma pistola, que, segundo o assediador, seria a arma que usaria contra ela.

A violência contra os dois é mais uma das 16, realizadas entre janeiro a maio deste ano, que vêm sendo monitoradas pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). A entidade também registrou 173 alertas de violência e 66 ataques contra a categoria.

Escalada

Katia Brembatti, vice-presidente da Abraji, afirma que a percepção é de uma escalada frequente da violência relacionada ao ambiente político hostil. "Com a posse do Bolsonaro, a gente percebeu que, a partir do seu posicionamento, passou a ter um reflexo por apoiadores e manifestantes que veem como uma autorização para atacar jornalistas", disse.

Segundo Juliana Nunes, coordenadora geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF (SJPDF), "o aumento da violência contra o jornalista faz parte de um todo, que é político, legislativo, judiciário e social. Essas redes que tentam ameaçar os jornalistas, diminuir a credibilidade, intimidar a prática do jornalismo, também querem reduzir a importância dessa profissão".

Para Juliana, com a aproximação das eleições, as ameaças aos jornalistas tendem a aumentar. "É fundamental que os profissionais se preparem para isso e, principalmente, que as empresas de comunicação estejam atentas", alertou. (TA)

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