JUDICIÁRIO

Marca Daslu é vendida em leilão em São Paulo por R$ 10 milhões

A venda da marca é uma estratégia usada por advogados indicados pela Justiça da capital paulista para administrar a falência da empresa

Cecília Sóter
postado em 07/06/2022 16:20 / atualizado em 07/06/2022 16:21
 (crédito: Reprodução/Sodré Santoro Leilões)
(crédito: Reprodução/Sodré Santoro Leilões)

A marca de luxo Daslu foi vendida em um leilão na cidade de São Paulo nesta terça-feira (7/6) por R$ 10 milhões. O comprador, que não teve a identidade revelada, agora terá total direito de uso da marca.

O comprador poderá usar comercialmente o nome Daslu para a venda de roupas, sapatos, joias, itens para casa, entre outros produtos. Além disso, a aquisição inclui marcas relacionadas, como Daslulu (roupas de animais de estimação), Villa Daslu (decoração de festas e organização de eventos) e D Teen by Daslu (cosméticos e roupas para adolescentes).

O lance inicial do leilão realizado na casa Sodré Santoro, era de R$ 1,4 milhão. O lance vencedor, no entanto, foi de R$ 10 milhões. O comprador deverá desembolsar mais R$ 500 mil para cobrir as taxas cobradas pela empresa leiloeira, de 5%.

A venda da marca é uma estratégia usada por advogados indicados pela Justiça de São Paulo para administrar a falência da empresa. A quantia arrecadada será usada para pagar parte das dívidas do processo de falência da butique de luxo, conforme decisão judicial da 1ª Vara e Ofício de Falência e Recuperações Judiciais do Foro Central de São Paulo.

A Daslu ficou conhecida por vender produtos importados de marcas como Chanel e Prada. Começou como uma loja multimarcas na Vila Nova Conceição, Zona Sul de São Paulo, e se tornou um dos principais símbolos do mercado de luxo na capital paulista. Em 2005, foi investigada pela Polícia Federal por sonegação de impostos na importação de produtos de luxo.

O empresário Antônio Carlos Piva de Albuquerque foi condenado por crimes tributários à frente da Daslu. Procurado pela polícia desde 2013, quando foi condenado por sonegação de impostos, ele foi preso em 30 de maio. De acordo com informações do Ministério Público (MP), ele era diretor do setor de finanças da marca quando os crimes ocorreram.

Antônio Carlos é irmão da empresária Eliana Tranchesi, ex-dona da Daslu, morta em 2012. Ele foi condenado a sete anos e oito meses de prisão, em regime fechado, por crimes contra a ordem tributária. O empresário também tem outra condenação, a 6 anos e 8 meses, em regime semiaberto.

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