Mato Grosso do Sul

MS registra terceira morte por leishmaniose visceral em 2022

Uma morte foi reportada em abril, outra em maio e a terceira teve como vítima uma menina de um ano que estava internada e não resistiu à doença

Correio Braziliense
postado em 08/06/2022 17:57
 (crédito: Reprodução/Prefeitura de Corumbá (MS))
(crédito: Reprodução/Prefeitura de Corumbá (MS))

Uma menina de um ano de idade morreu após um diagnóstico de leishmaniose visceral no Mato Grosso do Sul. Ela estava internada na Santa Casa de Campo Grande, mas era residente da cidade de Corumbá. A morte foi confirmada pela Secretaria de Saúde da cidade.

Foi o terceiro óbito registrado da doença em 2022, no entanto, o único a acometer uma criança. No último dia 3 de abril, um idoso de 64 anos foi o primeiro caso registrado. Ele morreu um mês depois do diagnóstico. A segunda morte ocorreu em maio deste ano, e a vítima era um homem de 74 anos. 

Após o caso da menina, a prefeitura de Corumbá foi até ao local onde a menina morava e fez operações em todo o bairro. Os agentes instalaram armadilhas para captura e análise dos mosquitos na região. Eles também reiteraram a importância de manter os quintais limpos a fim de evitar que o mosquito se prolifere.

Entenda a doença

A Leishmaniose Visceral é transmitida por meio da picada de insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, que são notoriamente pequenos e tem como característica a coloração amarelada ou de cor palha. Quando em posição de repouso, as asas deles permanecem eretas e semiabertas.

De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão da doença ocorre quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam os seres humanos, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.

Principais sintomas:

  • Febre de longa duração;
  • Aumento do fígado e baço;
  • Perda de peso;
  • Fraqueza;
  • Redução da força muscular;
  • Anemia

Como se prevenir:

A prevenção é feita essencialmente pelo combate ao inseto transmissor, mas os principais métodos de controle de acordo com o Ministério da Saúde são:

  • Limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, locais onde os mosquitos se desenvolvem).
  • Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos.
  • Limpeza dos abrigos de animais domésticos, além da manutenção de animais domésticos distantes do domicílio, especialmente durante a noite, a fim de reduzir a atração dos flebotomíneos para dentro do domicílio.
  • Uso de inseticida (aplicado nas paredes de domicílios e abrigos de animais). No entanto, a indicação é apenas para as áreas com elevado número de casos, como municípios de transmissão intensa (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de 4,4), moderada (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de 2,4) ou em surto de leishmaniose visceral.

É importante ressaltar também que existe tratamento para a doença e que, ao sinal dos primeiros sintomas, é necessário entrar em contato com um médico.

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