Desaparecimento na Amazônia

Dom e Bruno: buscas no Google sobre desaparecimento na Amazônia foram registradas em mais de 50 países

O Brasil foi o país com mais buscas pelo tema, seguido por Portugal, Irlanda e Reino Unido.

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postado em 15/06/2022 21:02 / atualizado em 15/06/2022 21:02
Caso teve repercussão internacional -  (crédito: Reuters)
Caso teve repercussão internacional - (crédito: Reuters)

O desaparecimento do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips na Amazônia causou comoção em diversos países. Um dos exemplos disso é o aumento das buscas referentes ao tema no Google pelo mundo.

Os termos "Dom Phillips", "Dom e Bruno" e "Bruno Pereira" foram pesquisados em mais de 50 países. O Brasil foi o país com mais buscas pelo tema, seguido por Portugal, Irlanda e Reino Unido.

Pereira e Philips sumiram em 5 de junho quando se deslocavam no rio Itaquaí, entre a comunidade de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no extremo oeste do Amazonas, perto da fronteira com o Peru.

A região fica no limite do Vale do Javari, que é conhecido por abrigar o maior número de indígenas não-contatados do mundo.

O caso ganhou repercussão internacional e foi alvo de manifestações em diferentes países. Diversas autoridades cobraram respostas sobre o desaparecimento.

Dois suspeitos de envolvimento com o caso foram detidos pela Polícia Federal, que encontrou objetos pessoais pertencentes a Bruno — botas, calça, chinelo e um cartão de saúde — e a Dom — uma mochila e botas.

As buscas no Google

Diante da repercussão do caso, "Dom Phillips" se tornou um dos dez termos de maior crescimento dentro do Google Notícias em todo o mundo nos últimos sete dias, conforme dados do Google Trends (que dimensiona as buscas feitas na plataforma).

As consultas envolvendo o nome do jornalista britânico apaixonado pela região da Amazônia — e que morava no Brasil desde 2007 — cresceram mais de 300% nos últimos sete dias na plataforma, e o nome dele ficou entre os 100 termos mais pesquisados do Google Notícias no período.

Bruno Pereira durante ação com indígenas
DIVULGAÇÃO/FUNAI
No Brasil, nome do indigenista Bruno Pereira também teve forte aumento nas buscas

Ao analisarmos somente o Brasil, as buscas por "Dom Phillips" no Google saltaram mais de 700%, o que fez com que o nome do britânico ficasse entre os 25 termos de maior alta dos últimos sete dias.

No Brasil também foi notável o interesse por informações sobre Bruno Pereira, considerado um dos maiores especialistas em indígenas que vivem em isolamento ou de recente contato do país.

A plataforma de busca registrou "Dom e Bruno" entre os cinco termos que mais cresceram nos últimos sete dias no Google Notícias no Brasil. Houve alta de mais de 2.550% no período.

Segundo os dados registrados pelo Google Trends, "Dom Phillips", "Dom e Bruno" e "Bruno Pereira" ficaram entre os 50 termos mais pesquisados do Google Notícias nos últimos sete dias no Brasil.

Manifestação em inglês cobra respostas sobre Dom e Bruno
Reuters
Caso teve repercussão internacional

Outros termos relacionados ao caso

O caso também impulsionou as consultas pela floresta amazônica. As buscas pelo bioma no Google quase quadruplicaram nos últimos sete dias no Brasil, com uma alta de mais de 280%.

Muitos também buscaram informações sobre a região em que eles desapareceram, o Vale do Javari, uma das maiores reservas indígenas no país. A área também é conhecida por intensos conflitos envolvendo indígenas, garimpeiros, madeireiros, narcotraficantes e pescadores ilegais.

A região não entrou na lista dos termos mais buscados nos últimos dias, mas teve um salto de mais de 310% nas buscas no Google Notícias no Brasil.

Fora do Brasil também houve aumento nas buscas por informações sobre o Vale do Javari. Esse interesse cresceu mais de 300% no Google Notícias em outros países nos últimos sete dias, quando comparado à semana anterior.

Sem considerar o Brasil — que liderou as pesquisas —, os países que mais buscaram sobre essa região foram Portugal, Áustria, Suíça e Dinamarca.

Este texto foi publicado originalmente na BBC News Brasil.


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