SAÚDE

Ampliação do teste do pezinho é tema de seminário no Correio

Correio Braziliense
postado em 19/06/2022 00:01

Considerado um marco na medicina e na saúde infantil, o teste do pezinho ampliado tem capacidade de rastrear até 50 novas doenças. O exame é uma importante ferramenta de diagnóstico precoce e responsável pelo achado de enfermidades congênitas ainda no período neonatal. Para promover ampla discussão sobre o tema, o Correio Braziliense promove, na próxima terça-feira, o CB.Fórum "Ampliação do teste do pezinho: um passo fundamental para o diagnóstico precoce de doenças raras". O evento, feito em parceria com a Novartis, receberá inscritos na sede do jornal e terá transmissão ao vivo.

No Brasil, as doenças raras atingem cerca de 13 milhões de pessoas, segundo estima a Organização Mundial da Saúde (OMS). A lei que amplia de seis para 50 o número de doenças diagnosticadas por meio de triagem neonatal no país — o chamado teste do pezinho — foi sancionada há um ano. Na prática, porém, ainda existe muito a avançar no combate a esses quadros clínicos.

No primeiro painel, às 14h30, especialistas discutirão O que é o teste do pezinho e o que representa a sua expansão para o diagnóstico das doenças raras. Os convidados são os médicos Carmela Grindler, coordenadora do Programa Triagem Neonatal da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; e Edmar Zanoteli, neurologista e professor de medicina da Universidade de São Paulo; Antoine Souheil Daher, presidente da Casa Hunter; e Suhellen Oliveira, mãe de Lorenzo e Levi, ambos com Atrofia Muscular Espinha (AME).

Já no segundo painel, a superintendente-geral do Instituto Jô Clemente, Daniela Mendes, e a presidente da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM), doutora Tânia Bachega, falam sobre os desafios da implementação da expansão do teste. A apresentação e a mediação dos painéis são da subeditora de Saúde do Correio Carmen Souza.

Junho Lilás

A coleta da amostra do teste do pezinho também pode ser feita em maternidades particulares. No Sistema Único de Saúde (SUS), diversas maternidades já fazem o teste rotineiramente, antes da alta hospitalar, após o parto. Caso o teste ainda não tenha sido feito, os pais podem procurar os postos de saúde locais, idealmente entre o 30º e 50º dia de vida do recém-nascido, conforme determina a lei.

Dados de 2020 do Ministério da Saúde mostram, no entanto, que apenas 58% dos bebês fazem o exame nesse prazo. Campanhas de conscientização como o Junho Lilás ajudam a disseminar a importância do teste. Segundo a pasta, a delimitação de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho será revisada periodicamente, com base em evidências científicas, considerados os benefícios do rastreamento, do diagnóstico e do tratamento precoce e priorizando as doenças com maior prevalência no país, com protocolo de tratamento aprovado e com tratamento incorporado no SUS.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags