Investigação

Para Marina Silva, há uma organização criminosa por trás das mortes de Bruno e Dom

Ex-senadora defende que o Brasil faça uma investigação profunda sobre o que aconteceu com o indigenista e com o jornalista no Amazonas

 

Lisboa, Portugal — O Brasil deve fazer uma investigação profunda sobre os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips na Amazônia, defendeu a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Para ela, há uma organização criminosa por trás das mortes, e os mandantes devem ser expostos, investigados e punidos. “Esperamos que sejam feitas ações rigorosas e sejam punidos os assassinos que os patrocinam”, afirmou em seminário sobre as relações entre Brasil e Portugal.

A Polícia Federal já prendeu três homens que confessaram ter participado dos assassinatos: Amarildo dos Santos, o Pelado; Oseney da Costa; e Jeferson da Silva Lima. Outros cinco suspeitos estão sendo investigados. Segundo a ex-ministra, nada pode escapar do radar das autoridades, para evitar que a impunidade prevaleça. Ela ressaltou estar preocupada com o açodamento por parte de “alguns segmentos da PF” em querer concluir o caso alegando “que não havia nada além dos que os criminosos disseram”.
“Sabemos que a realidade dos fatos está indicando que, se há oito pessoas envolvidas em assassinatos bárbaros e cruéis, é porque tem algo que está dando suporte aos criminosos”, afirmou Marina. “Sabemos que aqueles que são operadores do crime têm muita dificuldade em falar, porque entendem que suas vidas também estão em jogo caso entreguem os mandantes”, emendou.

Nesse contexto, frisou a ex-senadora, “um processo que vai à Justiça para ser analisado precisa de investigações rigorosas, de um tempo para isso”. “Nada pode ser concluído em uma semana. Essa é uma atitude que o Brasil não pode, de forma alguma, aceitar, porque parece uma tentativa de evitar que os verdadeiros culpados e mandantes sejam expostos, investigados e punidos”, disse.

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