Minas Gerais

Mulher vai se vacinar contra a gripe, mas recebe quinta dose para COVID-19

Moradora de Juiz de Fora havia recebido a quarta dose contra COVID-19 há 15 dias e se mostrou 'indignada e assustada' após ser imunizada pela quinta vez

Jéssica Alves - Especial para o EM
postado em 02/07/2022 13:27
 (crédito: Jeanette de Souza/Arquivo pessoal)
(crédito: Jeanette de Souza/Arquivo pessoal)

Uma moradora de Juiz de Fora que foi a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) se imunizar contra gripe recebeu, por engano, a quinta dose da vacina contra COVID-19, nessa quarta-feira (29/6). Jeannette Ragazzi de Souza, de 59 anos e pré-diabética, denunciou o ocorrido.

"Foi um erro imperdoável da aplicadora. Eu recebi a quarta dose há 15 dias. E ontem (quarta-feira), a quinta. Estou indignada e bastante assustada", relatou ela.

Ela havia recebido uma dose de Janssen nessa quarta e percebeu o equívoco quando a enfermeira pediu o outro braço dela para aplicar uma segunda vacina.

"Fiquei desesperada e não tomei a da gripe, mas consta no cartão. Exigi que marcassem a quinta dose no documento. Fica o alerta para a população", disse.

Preocupação

Ela relatou ainda sentir dores no corpo após a aplicação. Por ter recebido uma dose a mais, não se sente segura. "Minha preocupação é o que pode causar para minha saúde. A prefeitura de Juiz de Fora disse que não corro riscos, mas essa resposta não me tranquilizou. A própria Janssen não se posicionou nesse sentido", concluiu.

Em nota, a Prefeitura informou que o supervisor da UBS tomou todas as providências necessárias "informando a usuária logo após o fato ocorrido". Não há nenhum risco de saúde para a usuária que recebeu o imunizante", escreveu.

Sobre o caso, o médico infectologista Marcus Moura comentou que, na maioria das vezes, não há problemas com a aplicação de vacinas, porém, que é importante ficar atento ao período entre as doses. "Se ela tomou em um curto período de tempo pode ter efeitos da própria vacinação, mas na maioria das vezes não tem”, informou.

O também infectologista Leandro Curi ressaltou que ainda não existem estudos concretos que demonstrem se há riscos ou não em caso de superdosagens contra a COVID-19, em pequenos intervalos.

“As reações podem variar de organismo para organismo, mas uma coisa que pode tranquilizar é que todas essas vacinas liberadas pela Anvisa têm um nível de segurança e de tecnologia muito bons”, declarou.

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