VIOLÊNCIA

Polícia investiga se anestesista estuprou outras duas mulheres no mesmo dia

Testemunhas desconfiaram da atitude do médico em outros dois partos e, por isso, decidiram gravar o terceiro procedimento realizado no domingo (10/7)

Correio Braziliense
postado em 11/07/2022 23:42
 (crédito: Reprodução/Twitter)
(crédito: Reprodução/Twitter)

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso nesta segunda-feira (11/7) por estuprar uma mulher grávida durante a cesariana, está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por outros dois supostos estupros.

A investigação se deu pelo fato da equipe de enfermeiros e médicos que estavam de plantão no domingo (10/7), junto com Giovanni, desconfiarem da atitude do anestesista durante os outros dois partos realizados no dia. Em depoimento, testemunhas relataram atitudes que não são comuns durante as cesarianas e, por isso, decidiram gravar o vídeo do terceiro parto que flagrou o médico violentando a grávida. Esse foi o vídeo que possibilitou a prisão em flagrante de Giovanni.

Entre as posturas que causaram estranhamento nos outros dois partos realizados no Hospital da Mulher de São João de Meriti, na região metropolitana do Rio de Janeiro, estão a sedação além do normal nas pacientes, pedido para retirar o acompanhante da sala de cirurgia, a utilização de uma cabana improvisada para isolar a grávida do pescoço para cima e impedir a visão sobre o rosto da paciente e um flagrante de ereção.

A equipe de enfermagem do hospital relatou à polícia que o médico estava utilizando sedação além do necessário nas pacientes. Durante a cesariana é comum que o anestesista aplique a sedação, mas de forma que a grávida não fique totalmente inconsciente e que, logo ao final do parto, seja capaz de segurar e amamentar o recém-nascido. Mas, pelo menos nas três cirurgias de domingo (10), Giovanni deixou as mulheres completamente desacordadas.

O anestesista também pediu, tanto no parto em que foi flagrado em vídeo, quanto nos outros dois pelo qual é investigado, que os maridos que estavam acompanhando as grávidas se retirassem da sala de cirurgia. De acordo com informações publicadas pelo G1, um desses maridos confirmou essa versão dos fatos à polícia.

Flagrado tendo uma ereção durante o parto

Testemunhas ainda afirmaram terem visto Giovanni com o pênis “rígido e ereto” durante um dos partos. Em um dos partos, houve um deslocamento da placa de bisturi, que ocasiona um alarme e paralisação da cirurgia até que seja corrigido.

Neste momento, uma auxiliar foi ajudar a solucionar o problema e percebeu que o anestesista estava com o pênis próximo à cabeça da paciente e com o órgão ereto por baixo da roupa.

Para conseguir ficar com a genitália próxima ao rosto das mulheres grávidas, o médico improvisava uma espécie de “cabana”, em que impossibilitava que outros profissionais presentes na sala de cirurgia visualizassem a paciente do pescoço para cima.

Médico flagrado colocando parte íntima na boca de grávida

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante por estupro de vulnerável. A paciente que sofreu o abuso estava dopada e passava por um parto cesárea no Hospital da Mulher Heloneida Studart em Vilar dos Teles, no Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia, funcionários do hospital registraram o momento em que o médico colocava o pênis na boca da mulher desacordada. A equipe já vinha desconfiando do anestesista e estranhava a quantidade de sedativo aplicado nas grávidas.

A prisão foi feita pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti. Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu processo para expulsar o anestesista.

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