Racismo

'Me chamou de macaco': porteiro é vítima de racismo e é agredido no RJ

Além das ofensas verbais, Reginaldo também acabou sendo agredido fisicamente; caso foi registrado como injúria e ameaça

O porteiro Reginaldo Silva de Lima, que trabalha em um prédio de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, denunciou, nesta segunda-feira (4/7), ter sido chamado de "macaco" por um morador francês, identificado como Gilles David Teboul. O caso foi registrado como injúria e ameaça na 12ª DP.

Em entrevista à TV Globo, Reginaldo relatou que estava atendendo um casal de hóspedes quando Gilles passou e reclamou que a porta do elevador de serviço estava aberta. “Ele voltou e falou: ‘Seu incompetente. Você não está vendo que a porta do elevador está aberta? Você não tem capacidade para fazer essa função. Seu negro!”, disse. “Ele me chamou de negro, macaco, vagabundo. Falou que pela minha cor eu não tinha capacidade de exercer a função de porteiro”, completa. 

Além das ofensas verbais, Reginaldo também acabou sendo agredido fisicamente. As câmeras de segurança flagraram o momento que o homem empurra Reginaldo. “Ele chegou já empurrando meu pescoço e me humilhou. Fisicamente, me deu um soco, pontapés e começou a me xingar”, conta.

O francês ainda teria ameaçado o porteiro. “Falou que eu era um vagabundo, um negro, que ele tinha dinheiro e que se eu ligasse, se denunciasse, ele que ia me matar. Falei: ‘O senhor pode fazer o que o senhor quiser, mas eu vou denunciar sim", diz.

O Correio não conseguiu localizar Gilles David Teboul. 

 

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