Cárcere

Preso por manter família em cárcere privado por 17 anos cumprirá preventiva

A defesa de Silva pediu a concessão de liberdade provisória. Já o Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) pediu a conversão da prisão em flagrante em preventiva, "já que o flagrante é legal e há indícios de autoria e materialidade".

A Justiça do Estado do Rio de Janeiro transformou em preventiva a prisão em flagrante do lanterneiro Luiz Antônio Santos Silva, de 49 anos, preso na quinta-feira, 28, sob acusação de manter em cárcere privado e agredir a mulher e os dois filhos ao longo de 17 anos. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada no final da tarde deste sábado, 30.

Silva está detido no presídio de Benfica, na zona norte do Rio, e foi submetido a audiência comandada pela juíza Monique Correa Brandão dos Santos Moreira, do 7º Juizado de Violência Doméstica. A defesa dele pediu a concessão de liberdade provisória. Já o Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) pediu a conversão da prisão em flagrante em preventiva, "já que o flagrante é legal e há indícios de autoria e materialidade".

"Os fatos são de extrema gravidade e extremamente reprováveis, considerando que as vítimas, esposa e filhos do custodiado, ficaram, por anos, privadas de sua liberdade e foram submetidas a sofrimento físico e psicológico", afirmou a juíza. "Ante todo o exposto, por considerar insuficientes quaisquer outras medidas cautelares diversas da prisão, indefiro o pedido de liberdade e converto a prisão em flagrante em preventiva", determinou a magistrada.

Até a publicação deste texto, a reportagem não conseguiu contato com a defesa de Silva, para que se pronunciasse sobre a decisão.