Investigação

PF cumpre oito mandados contra hackers que derrubaram ConecteSUS

Operação Dark Cloud foi deflagrada em quatro capitais. Polícia informou que, além do Ministério da Saúde, outras autarquias tiveram o sistema invadido pelo grupo criminoso

Tainá Andrade
postado em 16/08/2022 12:25
 (crédito: Tony Winston/MS)
(crédito: Tony Winston/MS)

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (16/8), pela Polícia Federal, na operação Dark Cloud, para obter informações sobre a quadrilha que invadiu o sistema digital do Ministério da Saúde, o ConectSUS. Os agentes realizaram a operação em quatro estados: Paraíba, de Minas Gerais, do Paraná e de Santa Catarina.

De acordo com as investigações, os criminosos são parte de uma "organização criminosa transnacional dedicada à prática de crimes dessa natureza, visando entidades públicas e privados no Brasil, Estados Unidos, Portugal e Colômbia".

Na pasta, o grupo invadiu a nuvem, local onde os arquivos ficam salvos, e deletou informações sobre dados e instâncias da autarquia. Essa ação causou problemas no acesso à plataforma responsável pela Certificado Nacional de Vacinação, o ConectSUS, e ao sistema de notificação oficial de casos da covid-19, que ficou desatualizado por um longo período.

Além do Ministério da Saúde, a PF afirma que os hackers invadiram uma série de sistemas públicos federais. Foram alvos: a Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério da Economia, Instituto Federal do Paraná (IFPR), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Na operação são investigados os crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, interrupção ou perturbação de serviços telegráficos, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento, corrupção de menores e lavagem de capitais. 

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