MEIO AMBIENTE

Pará é o estado com maior índice de desmatamento da Amazônia, aponta Imazon

Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia mostram que o desmatamento avança também em áreas de terras indígenas e em áreas de conservação.

Dados do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), revelam que o Pará segue como o estado que mais desmata entre os nove que compõem a região amazônica. De agosto de 2021 a julho de 2022 foram derrubados 3.858 km² de florestas paraenses — o valor equivale a 36% do total da Amazônia.

O período é chamado de “calendário do desmatamento" em razão da baixa frequência de nuvens neste período de agosto a julho do ano seguinte na região. De acordo com o Imazon, no período de agosto de 2020 a julho de 2021, a derrubada no Pará foi de 4.147 km², havendo uma redução de 7% no período atual. Apesar da diminuição, contudo, os números continuam altos.

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Em julho deste ano, o desmatamento no Pará chegou a 583 km². Em apenas um mês foi registrado o equivalente a 58 mil campos de futebol derrubados. Altamira, São Félix do Xingu, Itaituba e Uruará foram os quatro municípios que ficaram entre os 10 mais desmatados. Juntos, eles somam 259 km² de área destruída, ou seja, 44% da área de todo o estado.

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 371 quilômetros quadrados no mês passado. O número representa um aumento de 1.059% em relação ao mesmo mês de 2021. A degradação também foi detectada no Mato Grosso (56%), Pará (19%), Acre (14%), Amazonas (7%) e Rondônia (4%).

Terras indígenas e áreas protegidas

O Imazon alerta que parte da destruição detectada nesses municípios ocorreu dentro de áreas protegidas como a APA Triunfo do Xingu (71km²) e o território Apyterewa (19km²).

O Pará também foi o estado com maior número de territórios protegidos entre os mais desmatados em julho. Em relação às terras indígenas, o território Apyterewa registrou 19km² de desmatamento, motivado principalmente à invasão de grileiros.

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*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro