Dia de Nossa Senhora Aparecida

Arcebispo de Aparecida: 'Pátria amada não pode ser pátria armada'

Durante o sermão tradicional da missa do Dia da Padroeira no Santuário Nacional de Aparecida, o arcebispo falou sobre voto, fome, fake news e armamento

Luana Pedra - Estado de Minas
postado em 12/10/2022 19:13
 (crédito: Caio GUATELLI / AFP)
(crédito: Caio GUATELLI / AFP)

O arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, afirmou que “pátria amada não pode ser pátria armada” durante a missa do Dia da Padroeira no Santuário Nacional de Aparecida. A declaração foi feita na manhã desta quarta-feira (12/10), durante o sermão da principal celebração católica do feriado em homenagem à Nossa Senhora Aparecida.

“Para que juntos construamos, assim, um Brasil “pátria amada”. E para ser pátria amada não pode ser “pátria armada”. Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma pátria na República sem mentiras e fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade”, afirmou o arcebispo.

Dom Orlando Brandes também ponderou sobre a fome e que é necessário “ouvir a Deus”, mas também o “clamor do povo”.

"Escutar Deus, mas escutar também o clamor do povo. Porque ela escutou muito bem no Evangelho. Eles não têm mais vinho. No nosso caso, faltando pão, faltando paz, faltando fraternidade. Esses são os vinhos que todos nós precisamos nos dias de hoje."

Sobre o voto, o arcebispo católico afirmou: “Cidadania que vamos vivendo também votando. É necessário exercer esse direito e poder do povo." O segundo turno das eleições acontece no dia 30 de outubro. A disputa pela presidência da República está entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ganhou o primeiro turno com 57.259.504 milhões de votos e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que ficou em segundo lugar com 51.072.345 milhões de votos.

A missa solene da manhã teve a presença de Marcos Pontes, senador eleito por São Paulo, e de Carlos França, ministro das Relações Exteriores.

Na terça-feira (11/10), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota lamentando o que chamou de "intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno" das eleições deste ano.

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