PREVENÇÃO DE DESASTRES

Transição diz que falta recursos para ações de combate às chuvas

Para janeiro, a Defesa Civil contará com o fundo emergencial, que gira em torno de R$ 100 milhões, à disposição do ministério para combater os danos causados por desastres

Tainá Andrade
postado em 29/11/2022 03:00
Em novembro de 2022, fortes chuvas no Condomínio Sol Nascente (DF) causam enxurrada e provocam transbordamento de bacia de contenção de águas, danificando casas e deixando varias famílias desabrigadas -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Em novembro de 2022, fortes chuvas no Condomínio Sol Nascente (DF) causam enxurrada e provocam transbordamento de bacia de contenção de águas, danificando casas e deixando varias famílias desabrigadas - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

No governo de transição, o Grupo Técnico (GT) do Desenvolvimento Regional tem uma demanda urgente para janeiro de 2023: a prevenção de desastres. O GT e as frentes responsáveis pelo assunto — incluindo o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira — concluíram que não há planejamento do governo federal para contingência de desastres.

Outro problema é o orçamento disponibilizado para dar respostas junto com a Defesa Civil e reconstruir os danos provocados por desastres. O comitê teve conhecimento de que essa verba é de aproximadamente R$ 2 milhões. "Faltou planejamento", criticou o deputado distrital Leandro Grass (PV), coordenador do GT de Desenvolvimento Regional.

Para janeiro, a Defesa Civil contará com o fundo emergencial, que gira em torno de R$ 100 milhões, à disposição do ministério para combater os danos causados por desastres.

Os dados do ministério verificados pelos membros do comitê indicam que uma boa parte do orçamento foi desfalcada para as emendas de relator, conhecido como orçamento secreto. "O dinheiro está deslocado, não está alocado nos fundos constitucionais, nas obras hídricas, nas obras de revitalização, na política habitacional. Precisamos fazer realocações orçamentárias nessas áreas", explicou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

De acordo com Naiane Araújo, meteorologista do Inmet, a atenção não deve ser medida somente pelo volume de água, mas pela persistência de chuvas por longos períodos. "Nessa época, mesmo de forma isolada, a chuva pode causar transtorno. Tem cidade que não há preparação para chuvas. Em um dia 100 mm já pode causar sérios danos. Quanto mais metropolitana a cidade, quanto mais crescem desordenadamente, mais cuidado requer [nesse período]. Se em um dia só já é preocupante, imagina com um cenário em três, quatro dias", explicou a especialista.

O ministério do Desenvolvimento Regional informou ao Correio que, por meio do Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres (Cenad), realiza monitoramento 24 horas sobre possíveis desastres em áreas de risco, mas a orientação da população e medidas de contingenciamento cabe a outros órgãos.

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