CRIME

Família de Anderson do Carmo pede R$ 800 mil em danos morais a Flordelis

Cantora é processada pelo pai do pastor, Jorge de Souza, pela irmã de Anderson, Cláudia Maria Rodrigues de Souza, e ainda pela tia, que ajudou a criá-lo quando criança, Nádia Henrique

A família de Anderson do Carmo, morto em 2019, entrou com um processo contra a ex-deputada federal Flordelis, por danos morais. Na ação, os parentes do pastor pedem uma indenização inicial de R$ 800 mil.

O processo tramita na 1ª Vara Cível da Região Oceânica de Niterói, e deve ganhar celeridade com a condenação da ex-parlamentar a mais de 50 anos de prisão na esfera criminal.

Flordelis, ex-esposa de Anderson, é processada pelo pai do pastor, Jorge de Souza, que pede R$ 500 mil, pela irmã do pastor, Cláudia Maria Rodrigues de Souza, que pede R$ 200 mil, e ainda pela tia, que ajudou a criar Anderson quando criança, Nádia Henrique, que solicita R$ 100 mil. Ao todo R$ 800 mil por danos morais pela morte do pastor.

Como Jorge de Souza morreu no curso do processo, caso a ação seja concedida à família, o dinheiro será herdado pela filha Cláudia Maria.

A advogada Renata Mello Lobo, que é uma das representantes da família de Anderson do Carmo, explica que o processo deve ser breve. "Como ela foi condenada na esfera criminal, o processo cível é bem mais rápido porque vai ser entendido como coisa julgada. Basta anexar a sentença do criminal e pedir a sentença indenizatória", disse Lobo, ao G1. No entanto, a advogada diz que o processo não deve ser finalizado ainda este ano. 

De acordo com o Ministério Público, Flordelis foi a responsável por planejar o homicídio do marido, o pastor Anderson do Carmo, além de ter convencido o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio, tendo ainda financiado a compra da arma e avisado sobre a chegada da vítima no local em que foi executado.

Segundo as investigações, o crime teria sido motivado porque Anderson mantinha controle das finanças familiares e administrava os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado às pessoas mais próximas da ex-deputada em detrimento de outros membros da família.

A Promotoria também apontou as tentativas de homicídio anteriores ao fato consumado, pela administração de veneno na comida e bebida da vítima, ao menos seis vezes, mas sem sucesso.

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