Saúde

Paxlovid: medicamento para covid-19 deve custar cerca R$ 2.700

Remédio da Pfizer foi autorizado pela Anvisa para ser vendido em farmácias e hospitais particulares; quantidade no SUS é insuficiente

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que o medicamento para o tratamento da covid, o paxlovid, desenvolvido pela Pfizer, fosse vendido em farmácias e hospitais particulares do Brasil. O produto deve chegar às prateleiras custando R$ 2.700, estimativa feita levando em conta os valores do mesmo produto em outros países. Nos Estados Unidos, cada tratamento — com duração de cinco dias — custou US$ 530 para o governo (R$ 2.700 em valores de hoje). Na França, saiu por R$ 2.800.

A agência aprovou a distribuição do paxlovid no Sistema Único de Saúde (SUS) em maio mas, em agosto, o governo ainda estava em "tratativas" para a compra. Na ocasião, a Pfizer disse ter "capacidade de produção suficiente" para atender "as necessidades brasileiras". O governo adquiriu 100 mil da medicação para distribuir nas unidades de saúde, porém apenas 50 mil foram entregues. O restante das doses estão previstas para chegar "no início de 2023", de acordo com o Ministério da Saúde.

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Paxlovid

O paxlovid é fabricado pela farmacêutica Pfizer e composto pelos medicamentos nirmatrelvir e ritonavir, embalados e administrados juntos. Com potencial para impedir o agravamento da doença, o medicamento será ofertado para pacientes adultos imunocomprometidos ou com idade igual ou superior a 65 anos. O tratamento só poderá ser utilizado em caso de teste positivo para covid-19 e em até cinco dias após início dos sintomas, mediante receita médica, informou o ministério.

Quanto à posologia, são 300mg de nirmatrelvir (dois comprimidos de 150mg) com 100mg de ritonavir (um comprimido), todos tomados juntos, por via oral, duas vezes ao dia, durante cinco dias.

O paxlovid se mostrou capaz de reduzir em até 89% o risco de hospitalização e morte nos grupos de risco. Segundo o Ministério da Saúde, o nirmatrelvir é uma molécula que inibe uma enzima importante do coronavírus, impedindo que ele se prolifere. Já o ritonavir inibe outra enzima que degrada o nirmatrelvir. Pela decisão tomada pela pasta, também será feita uma reavaliação em até 12 meses sobre o uso do remédio.

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