Investigação

PF confirma Colômbia como mandante do assassinato de Bruno e Dom

Investigação também confirmou que o irmão de Pelado, autor do assassinato, foi quem entregou a arma usada no crime. Edvaldo da Costa e Colômbia foram indiciados pelo crime

Tainá Andrade
postado em 23/01/2023 18:01
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

A Polícia Federal (PF) do Amazonas confirmou, nesta segunda-feira (23/1), que tem provas suficientes de que Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, foi o mandante do assassinato de Bruno Pereira e Dom Philips. Ele havia sido liberado, em outubro do ano passado, após pagar fiança de R$ 15 mil. Com novas provas, contudo, a investigação concluiu que a motivação para o crime foi o prejuízo que a constante vigilância ao Território Indígena (TI) dava à pesca ilegal que ocorria na região, um dos braços dos investimentos do suspeito.

A PF também indiciou Edvaldo da Costa de Oliveira, irmão de Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido por Pelado. Terceiro suspeito preso no caso, ele se entregou à polícia enquanto as buscas aconteciam.

Ambos foram acusados pelo assassinato, mas também por corrupção de menores, já que um sobrinho menor de idade de Amarildo participou da ação de ocultação dos cadáveres. A informação veio sete meses após a confirmação da morte do indigenista e do jornalista, no Vale do Javari, oeste do Amazonas, na tríplice fronteira entre o estado brasileiro, Peru e Colômbia.

Sobre Colômbia, Fontes indica que testemunhas ouvidas na investigação indicaram “farto conjunto probatório” que o apontam como o “autor intelectual” do crime. Em mais uma prova, a PF confirmou que Rubens ligou para um dos autores na véspera da emboscada. No entanto, a conversa ainda não foi analisada pelos agentes federais.

"Não tenho dúvida que o mandante foi o 'Colômbia'. Temos provas que ele fornecia as munições para o Jefferson e o Amarildo, as mesmas encontradas no caso. Ele pagou o advogado inicial de defesa do Amarildo", explicou o delegado do caso, Eduardo Fontes.

Arma do crime

Ainda de acordo com a autoridade, foi Edvaldo quem forneceu a arma usada para matar Bruno e Dom, uma espingarda calibre 16. “Ele não estava nas embarcações, mas ele entregou a espingarda calibre 16 nas mãos do Jefferson. Ele forneceu a arma de fogo que foi utilizada no crime”, afirmou o delegado.

Ele era suspeito apenas por ter participado da ocultação do cadáver. Os corpos foram enterrados próximo à cidade de Atalaia do Norte, a cerca de 3 km de onde foram encontrados os pertences dos dois, submersos no rio Itaguaí.

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