REPRESENTATIVIDADE

Pela 1ª vez em 185 anos, historiadora negra assume direção do Arquivo Nacional

Ana Flávia Magalhães Pinto é professora da UnB e trabalha com pesquisas nas áreas de história, comunicação, literatura e educação, com ênfase em atividades político-culturais de pensadores negros, imprensa negra e luta racial

Mariana Albuquerque*
postado em 24/01/2023 10:32 / atualizado em 24/01/2023 10:36
 (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)
(crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)

Ana Flávia Magalhães Pinto, historiadora e professora da Universidade de Brasília (UnB), foi escolhida como a nova diretora-geral do Arquivo Nacional. Ela é a primeira mulher negra a ocupar a função em 185 anos. O nome será anunciado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos ainda nesta terça-feira (24/1).

A nova diretora-geral é doutora pela Unicamp, mestre pela UnB, licenciada em História pela Universidade Paulista (Unip) e também formada em Jornalismo pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB). A nova nomeação do governo Lula trabalha com pesquisas nas áreas de história, comunicação, literatura e educação, com ênfase em atividades político-culturais de pensadores negros, imprensa negra e luta racial.

Arquivo Nacional

O Arquivo Nacional estava sob o comando interino de Leandro Esteves de Freitas, que trabalhava no AN desde 2019, primeiro ano da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Membro do Exército Brasileiro desde 1999, ele serviu como Oficial Combatente Temporário até tomar posse, em 2007, no cargo de administrador na Advocacia-Geral da União (AGU).

No novo governo, o órgão passou a ter status de secretaria dentro da recém-criada pasta de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, sob o comando da ministra Esther Dweck. Criado em 1838, o Arquivo Nacional é responsável pela gestão e proteção do patrimônio documental brasileiro, garantindo à sociedade acesso à informação promovendo o direito à memória e à verdade histórica.

O Arquivo Nacional possui um acervo de valor inestimável para sociedade, reunindo milhões de documentos textuais tanto em sua sede, no Rio de Janeiro, quanto em sua Superintendência Regional em Brasília. São cerca de 1,91 milhão de fotografias e negativos, 200 álbuns fotográficos, 15 mil dispositivos, 4 mil caricaturas e charges, 6 mil cartazes e cartazetes. Também fazem parte da obra 1 mil cartões postais, 1,2 mil desenhos, 200 gravuras e 21 mil ilustrações, 44 mil mapas e plantas arquitetônicas, filmes, registros sonoros e uma coleção de livros que supera 112 mil títulos, sendo 8 mil raros.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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