Minas Gerais

Entenda o que se sabe sobre o caso da freira indiciada pela morte de 10 idosos

Ao todo quinze pessoas são acusadas de cometerem crimes em uma casa de repouso em Minas Gerais, o local serviu para a prática de tortura

Mariana Albuquerque*
postado em 30/01/2023 10:45 / atualizado em 30/01/2023 10:45
 (crédito: Imagem de Lori Lo por Pixabay )
(crédito: Imagem de Lori Lo por Pixabay )

Ao todo quinze pessoas foram indiciadas por maus-tratos e mortes de idosos numa casa de repouso em Minas Gerais. O local foi coordenador pela freira Adelaide Dantas, de 54 anos por oito anos, e ela é a maior suspeita de ser a responsável pelo caso, segundo a Polícia Civil do estado. 

A irmã, responsável pela Instituição de Longa Permanência Vila Vicentina Padre Libério (LPI), foi indiciada pela PC após denúncias de maus-tratos e omissão de socorro. A suspeita é de que o local tenha servido para a prática de tortura, cárcere privado, omissão de socorro, exercício ilegal da medicina, curandeirismo, falsidade ideológica e homicídio.

Além da freira, foram indiciados um médico, técnicos e auxiliares de enfermagem, um advogado e outros membros da administração. No total, 15 pessoas foram imputadas pelos supostos crimes cometidos no local.

A religiosa responderá pela morte de dez idosos, além de outros crimes que teriam sido praticados na Vila Padre Libério, localizada em Divinópolis, Minas Gerais. Imagens obtidas pela Polícia Civil do estado mostram idosos amarrados ou mesmo trancados em seus dormitórios.

Adelaide Dantas deixou a instituição em maio de 2022 e, desde então, a Vila Padre Libério funcionou sob supervisão da Vigilância Sanitária. A ex-coordenadora já tinha passado por outras casa de repouso, uma no sul de Minas e outra no interior de São Paulo.

Uma das pessoas que denunciaram os maus-tratos é uma enfermeira que trabalhou na clínica em 2021 e de acordo com ex-funcionários castigos eram comuns na instituição. “Eu percebi os maus-tratos, percebi algumas agressões, né? Em alguns idosos, por causa dos gritos de socorro, de ‘Ai, me ajuda’, na sala de banho. E isso era frequente, todos os dias”, contou a mulher ao G1.

As investigações começaram em abril do ano passado, quando funcionários denunciaram casos de maus-tratos aos 81 internos. Havia relatos de idosos amordaçados, além de banhos coletivos e gelados.

*Estagiária sob a supervisão de Thays Martins

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