MINAS GERAIS

Vídeo: cadela entra em desespero ao ser abandonada e encontra nova família

Câmera de monitoramento flagrou animal sendo deixado em uma estrada de terra no bairro Recanto dos Lagos, em Juiz de Fora; ONG na cidade arrumou um novo lar

Bruno Luis Barros - EM
postado em 03/03/2023 16:26 / atualizado em 03/03/2023 16:28
 (crédito: Reprodução - Arquivo pessoal)
(crédito: Reprodução - Arquivo pessoal)

Imagens captadas por uma câmera de monitoramento flagraram o momento em que um carro entra em uma estrada de terra no bairro Recanto dos Lagos, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, em Minas Gerais, para abandonar uma cadela à própria sorte. Após ser deixado no local, o animal corre atrás do dono, que acelera o veículo e deixa a região. Contando com a solidariedade de residentes no local, a cadela encontrou um novo lar nessa quarta-feira (1º/3).

O morador que flagrou o crime de abandono – por meio de uma câmera de segurança na manhã do último domingo (26/2) – divulgou as imagens em um grupo de WhatsApp do bairro, conta Miriam Neder, presidente da ONG Associação Amor não Tem Raça, em entrevista ao Estado de Minas. Ela, que mora no Morro da Glória, região Central da cidade, auxiliou no resgate e providenciou uma nova família para a cadela. O boletim de ocorrência foi registrado nesta quinta-feira (2/3), e o caso será encaminhado à 5ª Delegacia de Polícia Civil no município.

“Uma conselheira fiscal da ONG, que mora lá no bairro, viu o vídeo no grupo de WhatsApp e me encaminhou o caso. Providenciamos a retirada dela do local e, a princípio, a levei para minha casa. Ela estava bem magra. A impressão é de que o animal era mantido preso em um local pequeno, pois ele tem muitos calos na região usada para ficar sentado. O veterinário que fez a avaliação disse que eles devem sumir com o passar do tempo”, explica Miriam. Segundo ela, a cadela, possivelmente, é resultado do cruzamento de um basset com um border collie.

Nessa quarta-feira, a presidente da ONG entregou a cadela aos cuidados de uma nova família após o animal ser vacinado e vermifugado. A designer de sobrancelhas Romênia Chaia, de 54 anos, que já havia adotado outra fêmea com Miriam há cerca de três anos, manifestou interesse em cuidar do animal, que, inclusive, já recebeu um nome: Mia.

Ela conta que por já ter uma cachorra, a Dora, a chegada de uma nova integrante no apartamento da família, situado no bairro Santa Catarina, foi um pouco conturbada.

“A Dora foi criada sozinha até então e por isso sempre esteve acostumada a ter a casa só para ela, além do carinho, amor e atenção. Porém, ela fica muito sozinha quando meu marido, minha filha e eu não estamos em casa”, disse Romênia, destacando que ficou sensibilizada ao ver o vídeo com a cena de abandono e optou por uma nova adoção.

A expectativa é que a Mia seja agora uma companhia para Dora. “Antes de ela ir para minha casa, acompanhei a consulta com o veterinário, que a ONG disponibilizou. Na ocasião, ela tomou a primeira vacina. Inicialmente, levei a Dora pra encontrar a Mia em uma praça que tem aqui na minha rua. Depois é que fomos para casa, quando elas começaram a brincar”, conta.

Por terem temperamentos diferentes, os animais às vezes se estranham, mas, na maior parte do tempo, a convivência tem sido muito boa, segundo a tutora. “Ela é linda, adorável e carinhosa com a gente. Acho que a relação entre elas tem tudo para dar certo. É uma questão de tempo e paciência, além de equilibrar o carinho, a atenção e dar limites”, finaliza.

O que diz a lei?

A legislação – conforme o artigo 32 da Lei 9.605/98 – assegura pena de detenção de três meses a um ano para quem “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”, além de multa.

Porém, quando se tratar de cão ou gato, a penalidade aplicada varia de dois a cinco anos de prisão, podendo ser aumentada de um sexto a um terço, caso a violência ocasione a morte do animal.

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