Violência

Operação Átria prende mais de 4 mil por violência contra a mulher

Balanço do Ministério da Justiça e Segurança Pública mostra que 4.255 prisões foram feitas nas últimas três semanas, sendo 3.598 em flagrante

Victor Correia
postado em 21/03/2023 15:24 / atualizado em 21/03/2023 15:56

O Ministério da Justiça e Segurança Pública apresentou nesta terça-feira (21/3) um balanço parcial da Operação Átria, voltada para o combate a crimes contra a mulher no país. Segundo a pasta, 4.255 prisões foram feitas nas últimas três semanas, sendo 3.598 em flagrante. Os números foram apresentados durante coletiva de imprensa do Secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, no Palácio da Justiça. O balanço final será divulgado na terça-feira que vem (28).

"A cada dia, quatro mulheres são mortas. A cada hora, 26 são agredidas. Esses indicadores nos obrigam a ter uma centralidade no eixo de enfrentamento da violência contra a mulher. O Estado brasileiro está muito longe ainda de uma situação ideal de enfrentamento", declarou Tadeu. "É um país de dimensões continentais, não dá para [esse crime] ser enfrentado apenas por um estado", acrescentou.

Para o secretário, esses indicadores "ofendem a cidadania brasileira". O Ministério da Justiça realiza, desde segunda-feira (20), o Encontro Nacional: Segurança Pública e o Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, em sua sede. O evento vai até amanhã. Também estavam presentes na apresentação do balanço o ministro da Justiça, Flávio Dino, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva.

De acordo com o pasta, desde 8 de março, quanto teve início a operação, foram apuradas 7.276 denúncias, contabilizadas 23.963 diligências policiais e atendidas 23.963 vítimas. Também foram solicitadas 20.540 medidas protetivas, com 767 retiradas de pertenc, além de 2.034 palestras sobre o tema da violência contra a mulher.

"Não tenho dúvida de que o próximo 8 de março nós poderemos celebrar e comemorar as estatísticas das mulheres, não essas de homicídios e agressões, mas aquelas de inclusão produtiva, da presença cada vez mais das mulheres na sociedade, na política, nas forças de segurança", afirmou ainda Tadeu Alencar.

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