Jornal Correio Braziliense

Obituário

Morre no Rio de Janeiro o carnavalesco Mario Borrielo, aos 77 anos

Mario Borrielo lutava contra uma leucemia há dois anos e morreu de infecção generalizada

Morreu neste sábado (11/3) o carnavalesco Mário Borrielo, aos 77 anos. Ele estava internado no Hospital Casa Rio Botafogo, no Rio de Janeiro. O corpo do carnavalesco será sepultado neste domingo (12/3) no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

O companheiro de Mário, Jefferson Borrielo, disse à Agência Brasil que a causa da morte do marido foi infecção generalizada. Há dois anos ele lutava contra uma leucemia.

"Ele estava internado para tratamento de umas escaras e daí contraiu uma infecção que foi se agravando, se agravando. Os rins pararam, começou a fazer hemodiálise e dessa hemodiálise veio a óbito", revelou.

Em seu perfil do Twitter, a agremiação Salgueiro prestou homenagem ao carnavalesco que conquistou um campeonato para a escola em 1993 com o enredo Peguei um Ita no Norte e ainda ganhou o prêmio de melhor enredo naquele ano no Estandarte de Ouro.

"A maior homenagem para um artista é o aplauso e hoje, queremos que vocês reverenciem Mário Borriello, artista plástico, salgueirense e carnavalesco que nos provocou uma das imagens mais lindas e inesquecíveis nestes 70 anos: o desfile de 1993. O Salgueiro contagiou e sacudiu a Sapucaí com o Ita de Borriello. Nossa despedida será repleta de gratidão e amor", postou a vermelha e branco da Tijuca.

Carreira

Formado em belas artes e desenho industrial, a carreira de Mário passou também pelas escolas de samba Estácio de Sá, com o enredo Uma Vez Flamengo, em homenagem ao centenário do rubro negro carioca.

De volta ao Salgueiro, ficou à frente dos enredos de 1997 com De Poeta, Carnavalesco e Louco, Todo Mundo Tem Um Pouco e em e 1998 com Parintins, A Ilha do Boi-Bumbá: Garantido X Caprichoso, Caprichoso X Garantido.

Em 1999 foi para o Império Serrano com o enredo Uma rua chamada Brasil. No ano seguinte criou o enredo Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores – O impulso criativo das artes,  em resposta à opressão do regime militar instalado com a Revolução de 64, na União da Ilha. A partir de 2002 esteve novamente no Império Serrano e na sequência na Porto da Pedra e na Tradição.

Borrielo participou ainda e foi premiado em desfiles de fantasias de luxo no Rio de Janeiro e em São Paulo.