SAÚDE

CFM proíbe médicos de prescreverem anabolizantes para fins estéticos

A medida proíbe a utilização de qualquer formulação de testosterona sem a comprovação da deficiência do hormônio por diagnostico

Isabel Dourado*
postado em 11/04/2023 09:35 / atualizado em 11/04/2023 09:35
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes com finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (11/4). Seis sociedades médicas divulgaram uma carta conjunta pedindo para que o CFM votasse uma regulamentação sobre o uso de esteroides anabolizantes e similares para fins estéticos e de performance.

A norma proíbe os profissionais de indicarem o uso de hormônios androgênicos como testosterona. A justificativa da decisão foi a inexistência de comprovação científica dos benefícios e da segurança dessas terapias. Os esteroides anabolizantes são prescritos a pacientes que não produzem hormônios adequadamente e precisam de reposição. Entretanto, nos últimos anos tem sido utilizado para finalidade estética, para ganho de massa muscular ou perda de gordura.

A resolução também veta a realização de cursos e eventos que tenham a finalidade de estimular o uso ou fazer apologia de possíveis benefícios dessas terapias androgênicas para fins estéticos ou de melhora esportiva.

A nova resolução do CFM foi corroborada pela Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício (SBMEE), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e Associação de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), que emitiram nota conjunta em apoio à votação da norma.

De acordo com o presidente da CFM, José Hiran Gallo, devido ao aumento exponencial da prescrição irregular desses produtos, o Conselho Federal de Medicina ouviu diversos especialistas no assunto. “Não existe dose mínima segura, como alguns usuários alegam. Por isso, estamos proibindo essa prática”, afirmou.

*Estagiária sob supervisão de Thays Martins 

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