Justiça

Dino sobre suspensão do Telegram: "PF pediu e Judiciário deferiu"

Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, a decisão ocorreu por descumprimento de decisões judiciais pelo Telegram. Aplicativo entregou à PF dados incompletos de grupos neonazistas que arquitetavam ataques às escolas brasileiras

Victor Correia
postado em 26/04/2023 15:57 / atualizado em 26/04/2023 15:58
 (crédito: Divulgação/Ministério da Justiça e Segurança Pública)
(crédito: Divulgação/Ministério da Justiça e Segurança Pública)

O ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou nesta quarta-feira (26/4) a suspensão do aplicativo de mensagens Telegram, após determinação da Justiça Federal. Segundo ele, a decisão ocorreu a pedido da Polícia Federal, porque a plataforma se recusou a cumprir decisões judiciais envolvendo grupos nazistas investigados por ameaças e ataques a escolas.

"A PF pediu e o Poder Judiciário deferiu que a rede social que não está cumprindo as decisões — no caso, o Telegram — tenha uma multa de R$ 1 milhão por dia e suspensão temporária das atividades", citou Dino em coletiva de imprensa, durante evento de lançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2) em Fortaleza, Ceará.

"Exatamente porque há grupamentos lá, denominadas frentes antissemitas, movimentos antissemitas, atuando nessas redes. E nós sabemos que isso está na base da violência contra as nossas crianças, contra nosso adolescentes", acrescentou Dino.

A Justiça Federal do Espírito Santo determinou hoje a suspensão do Telegram no Brasil, além da multa diária de R$ 1 milhão à empresa, após descumprimento de várias decisões judiciais. A plataforma se recusou a fornecer dados de grupos nazistas à PF. Na última sexta-feira (21), o Telegram chegou a entregar parte das informações pedidas, mas a corporação ressaltou que nem tudo o que foi pedido foi entregue pela empresa.

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