São Paulo

Homem espancado por moradores após ser vítima de fake news morre em SP

Osil foi agredido com pedras e um pedaço de madeira. Segundo testemunhas, as agressões começaram após um grito de "pega ladrão". O dono da moto, porém, disse à polícia que conhecia o comerciante e que emprestou o veículo a ele

Ingrid Soares
postado em 07/05/2023 12:28 / atualizado em 07/05/2023 12:32
Osil Vicente Guede foi brutalmente espancado após ser acusado injustamente de roubar uma motocicleta -  (crédito: Reprodução / Redes Sociais)
Osil Vicente Guede foi brutalmente espancado após ser acusado injustamente de roubar uma motocicleta - (crédito: Reprodução / Redes Sociais)

Osil Vicente Guedes, 49 anos, brutalmente espancado após ser acusado injustamente de roubar uma motocicleta, teve a morte encefálica confirmada na madrugada deste domingo (07/5) no Guarujá, em São Paulo. Segundo o g1, o hospital Santo Amaro onde Osil foi atendido aguarda a decisão da família do paciente sobre eventual doação de órgãos.

A brutal agressão ocorreu em Vicente de Carvalho, na última quarta-feira (3) quando o homem foi agredido com pedras e um pedaço de madeira. Segundo testemunhas, as agressões começaram após um grito de "pega ladrão". O dono da moto, porém, disse à polícia que conhecia o comerciante e que emprestou o veículo a ele.

Na ocasião, um motorista de um carro fez um vídeo flagrando o espancamento. As imagens mostram o homem de camiseta vermelha sentado no meio da rua e sendo agredido por três moradores. Um deles chegou ainda a bater com um capacete na cabeça do homem, que foi agredido ainda com tapas e madeirada. Nesse último golpe, o homem caiu desmaiado no asfalto, informou o g1.

Enquanto registrava a violência, o autor do vídeo afirmou: "Não está bom para ladrão de moto, não. Ladrão de moto está se lascando".

Osil foi resgatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que o encaminhou para o hospital Santo Amaro, onde deu entrada na unidade de saúde inconsciente e intubado. Depois, seguiu internado na UTI, mas não resistiu. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil investiga o caso.

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