Investigação

'Simulador de Escravidão: MPF instaura investigação contra Google por app

O MPF quer que a empresa esclareça informações sobre o aplicativo e investigará a disponibilização do jogo na Play Store

Tainá Andrade
postado em 24/05/2023 19:13 / atualizado em 24/05/2023 19:13
 (crédito: Brett Jordan/Unsplash)
(crédito: Brett Jordan/Unsplash)

O Ministério Público Federal (MPF) enviou um ofício, nesta quarta-feira (24/5), ao Google para que preste informações sobre o aplicativo Simulador de Escravidão, jogo que transformou os usuários em proprietário de escravos e tinha como desafios atos da dinâmica da escravidão, como o comércio de negros e o impedimento de fuga ou de rebelião.

A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Rio Grande do Sul (PRDC/RS) instaurou inquérito para apurar a disponibilização do jogo na Play Store, loja do Google. O procurador da república Enrico Rodrigues de Freitas ressaltou que muitas pessoas baixaram o aplicativo e houve diversos comentários racistas.

Até a manhã desta quarta-feira o game tinha mais de mil downloads e 70 avaliações no PlayStore. Depois da repercussão negativa, o Google excluiu o jogo da plataforma. Mais cedo, o Correio procurou a empresa, que disse não permitir aplicativos que “promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica” ou que “retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas”.

Veja a nota do Google na íntegra

“O aplicativo mencionado foi removido do Google Play. Temos um conjunto robusto de políticas que visam manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores. Não permitimos apps que promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica, ou que retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas. Qualquer pessoa que acredite ter encontrado um aplicativo que esteja em desacordo com as nossas regras pode fazer uma denúncia. Quando identificamos uma violação de política, tomamos as ações devidas.”

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