Crime

Filha de pintora suíça é libertada no RJ após ficar 6 meses em cativeiro

Centenas de quadros foram encontrados no cativeiro, em Paraty, no Rio. Três suspeitos de envolvimento no crime foram presos

Mariana Albuquerque*
postado em 31/05/2023 10:41 / atualizado em 31/05/2023 10:42
 (crédito: Divulgação/Polícia Civil Rio de Janeiro)
(crédito: Divulgação/Polícia Civil Rio de Janeiro)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu que uma mulher suíça de 67 anos era mantida em cárcere privado dentro de uma casa, em um condomínio no bairro Ponte Branca, em Paraty, há mais de seis meses. Ela foi resgatada nesta terça-feira (30/5) e três acusados pelo crime foram presos.

Uma denúncia anônima levou os policiais ao local. No cativeiro, havia mais de 300 quadros, pintados pela mãe da idosa, que morava em Paraty e morreu há anos. A vítima foi encaminhada ao Hospital Municipal de Paraty para receber cuidados médicos.

O delegado responsável pelo caso, Marcelo Russo, confirmou que o grupo tinha como objetivo se aproveitar do dinheiro da idosa. "Os fins para esse confinamento são relativos a obtenção de vantagens financeiras. Há indícios e elementos de que um dos partícipes dessa organização criminosa recebeu uma escritura de um imóvel situado em Cunha (SP), no valor aproximado de R$ 1,8 milhão", explicou.

Três homens foram presos, sendo um de 20 anos, um de 27 e um de 42. O mais novo era tido como o responsável por manter a vítima no cativeiro, e é apontado como a pessoa que passava a noite na residência, em um quarto separado. Os outros dois foram presos no momento em que chegavam na casa.

Os quadros foram apreendidos e serão submetidos a perícia. "No local do cárcere privado dessa senhora suíça, aqui em Paraty, nós encontramos aproximadamente 300 quadros, todos pintados pela mãe da vítima. Alguns deles pertencem, inclusive, ao Museu Nacional da Suíça. Nós vamos submeter todo o material apreendido para perícia técnica criminal do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e vamos entrar em contato com o Consulado da Suíça para que esse acervo seja recuperado", concluiu o delegado.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

 

 

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