Medicação

Ozempic em falta: farmacêutica confirma intermitência até fim do ano

A informação é da própria farmacêutica responsável pelo remédio, a Novo Nordisk

Agência Estado
postado em 14/06/2023 11:09
 (crédito: Freepik/Reprodução)
(crédito: Freepik/Reprodução)

Medicamento utilizado para o tratamento da diabete tipo 2, mas que passou a ser tomado com ou sem receita médica por pessoas que querem emagrecer, o Ozempic deverá ter "disponibilidade intermitente" até o fim do ano, ou seja, poderá ficar em falta em muitas farmácias. A informação é da própria farmacêutica responsável pelo remédio, a Novo Nordisk.

"Como fornecedora responsável e sempre preocupada com a saúde e segurança de seus pacientes, a Novo Nordisk comunica que todas as apresentações de Ozempic (0,25mg, 0,5mg e 1mg) no Brasil enfrentarão disponibilidade intermitente durante 2023 devido à demanda maior que a prevista", declarou a empresa, ressaltando ainda que "não há problemas de qualidade ou regulatórios com nenhuma das apresentações".

De acordo com a Novo Nordisk, que tem sede na Dinamarca, desde o ano passado foram investidos cerca de US$ 5,3 bilhões (R$ 25,73 bilhões, na cotação atual) para aumentar a capacidade de produção do medicamento no mundo todo, mas ainda assim a disponibilidade tem ficado aquém do necessário.

A falta do medicamento em algumas farmácias coincidiu com o momento em que famosos passaram a declarar que estavam usando o Ozempic para perder peso. O remédio é indicado pela própria farmacêutica para tratar o diabetes tipo 2, mas tem sido usado contra a obesidade de maneira off label, quando a recomendação de uso está fora da bula.

"Entendemos e lamentamos a preocupação e possíveis transtornos que esta indisponibilidade temporária pode causar a pacientes com diabetes 2, seus familiares e cuidadores. Encaramos a situação de forma extremamente séria e estamos trabalhando incansavelmente para superarmos esse desafio temporário", declarou a Novo Nordisk. A empresa informou ainda que "notificou a autoridade sanitária brasileira sobre as restrições de fornecimento do produto".

O Estadão entrou em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aguarda posicionamento.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.