Advogado teria forjado sequestro para não pagar R$ 13 mil de cartão

Rodrigo Barcelos disse à polícia que o sequestro teria ocorrido em uma shopping. A polícia crê que o advogado tenha forjado a denúncia para não pagar os R$ 13 mil gastos no cartão

Correio Braziliense

postado em 03/07/2023 11:47

(crédito: Reprodução/Portal G1)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) indiciou o advogado Rodrigo Barcelos por estelionato e falsa comunicação de crime. A atitude da PC vêm após Rodrigo ter feito uma denúncia de que ele teria sido vítima de um sequestro relâmpago, em um shopping carioca. O advogado apresentou essa versão aos policiais no dia 19 de maio. 

De acordo com a polícia, no entanto, ao checarem as câmeras do estabelecimento, ninguém havia sequestrado o homem. Os vídeos mostram que ele passou muito tempo comprando artigos de luxo em uma loja. As imagens apresentam Rodrigo sozinho e cheio de bolsas. Isso chamou atenção dos investigadores.

• Assaltantes tentam levar R$ 90 mil de cooperativa, mas acabam presos
• Criança de 2 anos é sequestrada dos braços da mãe em semáforo de São Paulo

No total ele gastou mais de R$ 13 mil nesses itens:

• mais de R$ 2 mil em um mercado;
• R$ 56,70 em mercado;
• R$ 300 em pilhas e guloseimas;
• mais de 3,4 mil em um capacete de moto;
• R$ 850 em itens na Giorgio Armani;
• R$ 690 em um calçado;
• R$ 2,2 mil em capa especial para prancha de surf;
• mais de R$ 1 mil em sunga de praia;
• R$ 400 em produtos de limpeza de eletrônicos;
• R$ 718 em cama para cachorro;
• R$ 1,3 mil em ótica.

Em depoimento à polícia, segundo informações do Portal G1, Rodrigo assumiu que a ideia do sequestro foi uma armação. "Tudo se deu por dificuldades financeiras" e, que ao se deparar com a "geladeira vazia", resolveu fazer o golpe do sequestro. 

O Correio procurou a PC do Rio para fornecer mais detalhes sobre a investigação contra o advogado suspeito de ter forjado um sequestro. Em nota, a corporação afirma que a verificação das câmeras do shopping foi o suficiente para concluir que o relato "era uma grande farsa criada com o intuito de obter vantagem indevida com o não pagamento das compras realizadas".