No segundo trimestre, a queda da taxa de desocupação do país foi acompanhada por oito unidades da Federação, enquanto as demais permaneceram estáveis. Frente ao primeiro trimestre do ano, o índice do país caiu 0,8 ponto percentual, chegando a 8,0%. Os dados são do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (15/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“A queda na taxa de desocupação nesse trimestre pode caracterizar também um padrão sazonal. Após o crescimento do primeiro trimestre, em certa medida, pela busca de trabalho por aqueles dispensados no início do ano, no segundo trimestre, essa procura tende a diminuir”, afirma a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
- Com menor procura por trabalho, desemprego recua para 8,3%
- Desemprego cai para 8,3% no trimestre e atinge 8,9 milhões de pessoas
- Desemprego fica estável em 8,5% no mês de abril, menor taxa desde 2015
O economista Luciano Bravo, afirmou que o desemprego continua caindo, devido a alguns fatores. “Com aumento nos serviços, temos uma maior ocupação das pessoas que estão buscando seu emprego, também verificamos que muitos jovens voltaram a estudar e deixaram as estatísticas de desemprego e por fim recuo de pessoas que estão procurando trabalho, tudo isso possibilita uma queda no desemprego”, explicou.
Para Bravo, o que está influenciando a queda no desemprego é o aumento dos serviços, “que vem demonstrando uma curva ascendente de crescimento e a economia que já está dando seus primeiros sinais de retomada”, disse.
As unidades da Federação com maior redução na taxa de desocupação foram Distrito Federal, que passou de 12,0% para 8,7%, e o Rio Grande do Norte, de 12,1% para 10,2%. As demais foram São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Pará e Mato Grosso. Frente ao mesmo período do ano passado, houve redução em 17 UFs. Entre elas, destacam-se Rondônia, Distrito Federal, Acre, Sergipe e Bahia, com a maiores variações.
Em São Paulo, estado mais populoso do país e com o maior contingente de ocupados (23,9 milhões), a taxa de desocupação passou de 8,5%, no primeiro trimestre do ano, para 7,8% no segundo. Nesse período, houve queda de 7,6% no número de pessoas que estão em busca de trabalho, chegando a 2,0 milhões. Já o número de ocupados ficou estável.
Por região
Segundo os dados, houve queda em quatro regiões, com exceção do Sul, que ficou estável. Mesmo com a desocupação em queda quando comparada ao primeiro trimestre (-0,9 p.p.), o Nordeste (11,3%) segue com o maior percentual entre as regiões. Todos os estados nordestinos têm taxas maiores do que a média nacional. Pernambuco tem o maior índice do país, com 14,2%, seguido por Bahia (13,4%). Os dois ficaram estáveis na comparação com os três meses anteriores. Já as menores taxas de desocupação foram registradas em Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3,0%) e Santa Catarina (3,5%).
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