VIOLÊNCIA

O que se sabe sobre o caso da professora encontrada carbonizada no RJ

Mãe e filha adolescente são as principais suspeitas do crime. A professora Vitória Romana Graça teria se relacionado com a adolescente apreendida. O término teria desagradado a família

Professora Vitória Romana Graça foi encontrada carbonizada. O caso é investigado pela 35ª DP, em Campo Grande -  (crédito: Reprodução/Twitter/@rafaelangeloti)
Professora Vitória Romana Graça foi encontrada carbonizada. O caso é investigado pela 35ª DP, em Campo Grande - (crédito: Reprodução/Twitter/@rafaelangeloti)
Correio Braziliense
postado em 16/08/2023 13:20

A professora Vitória Romana Graça, 26 anos, foi encontrada morta com o corpo carbonizado na última sexta-feira (11/8), em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. As principais suspeitas de cometerem o crime são uma mulher, identificada como Paula Custódio Vasconcelos, de 33 anos, que foi presa, e a filha dela, de 14 anos, que foi apreendida. Elas teriam sequestrado a professora, realizado transferências por meio da conta da vítima e a matado em seguida. A Polícia Civil também investiga a possibilidade da participação do irmão da mulher que foi presa, Edson Alves Viana Júnior.

Segundo informações da polícia, a professora se relacionou com a adolescente apreendida. Vitória ajudava a família da jovem financeiramente e o fim do relacionamento teria desagradado a mãe da adolescente. A vítima foi sequestrada após ser atraída para um local pela ex-namorada. A mãe e a adolescente chegaram a pedir resgate para a família da professora. As duas foram presas quando tentavam fugir, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Em audiência de custódia realizada no domingo (13/8), a Justiça converteu a prisão de Paula Custódio Vasconcelos de flagrante para preventiva. A mulher estava com mandado de prisão em aberto e passou por outra audiência por ter sido condenada, em 2014, a seis anos de prisão pelo crime de roubo. A suspeita dos investigadores da participação do irmão de Paula no sequestro e na morte da professora ocorre por causa de relatos de testemunhas e pelo fato do nome de Edson Alves Viana Júnior constar em extratos bancários de transferências feitas pela conta bancária de Vitória.

“Uma das testemunhas contou que a Vitória ajudava financeiramente a menor com quem tinha um relacionamento. Ao terminar o namoro, a ajuda também teria terminado, e a Paula foi com o irmão até a escola em que a professora trabalhava para tirar satisfações”, contou o delegado Victor Maranhão ao g1.

A investigação está em andamento na 35ª DP, em Campo Grande. Segundo os investigadores, a conta da professora transferiu cerca de R$ 1,2 mil para Edson. O corpo de Vitória foi reconhecido por meio de uma das digitais dela, que não foi destruída pelo fogo. Mãe e filha negam envolvimento no crime. O Correio não localizou a defesa de Edson Alves.  

A escola onde Vitória dava aula lamentou a morte da professora e prestou solidariedade aos familiares. "Toda a equipe da escola lamenta profundamente o falecimento da professora Vitória. A professora era recém contratada e atuava há dois meses em nossa unidade escolar. Neste momento de dor, toda a equipe se solidariza com toda a família", disse a instituição, em nota.

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