São Paulo

Estudantes fazem masturbação coletiva diante de jogadoras de vôlei

Após a repercussão do caso, entidades como o Ministério das Mulheres, a União Nacional dos Estudantes e o Centro Acadêmico Rubens Monteiro de Arruda, da Faculdade de Medicina Santo Amaro, se prionunciaram

Estudantes de medicina fazem masturbação coletiva diante de jogadoras de vôlei em SP -  (crédito: Reprodução)
Estudantes de medicina fazem masturbação coletiva diante de jogadoras de vôlei em SP - (crédito: Reprodução)
postado em 18/09/2023 15:37

Um vídeo de estudantes do curso de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa), em São Paulo, fazendo masturbação coletiva durante uma partida de vôlei feminino da Intermed, competição esportiva entre universidades, viralizou neste domingo (17/8) e causou revolta nas redes sociais.

Nas imagens, é possível ver um grupo de cerca de 20 homens em uma plateia assistindo a uma partida de vôlei feminino com as partes íntimas à mostra e as tocando. Em outro vídeo, eles aparecem correndo na quadra com as calças abaixadas.

Após a repercussão, o Ministério das Mulheres se pronunciou sobre o caso e reforçou o compromisso de trabalhar para que as universidades sejam espaços seguros, livres de violência. "Romper séculos de uma cultura misógina é uma tarefa constante que exige um olhar atento para todos os tipos de violências de gênero. Atitudes como a dos alunos de Medicina, da Unisa, jamais podem ser normalizadas", escreveu a conta oficial do Ministério das Mulheres no X (antigo Twitter).

A União Nacional dos Estudantes também falou sobre o caso. "Absurdas as cenas dos alunos de medicina da Unisa durante os jogos universitários. Esses estudantes precisam ser responsabilizados pelos crimes cometidos em uma conduta inaceitável durante um jogo de vôlei feminino. Não podemos tolerar que casos como esse continuem acontecendo", publicou no X.

O Centro Acadêmico Rubens Monteiro de Arruda, da Faculdade de Medicina Santo Amaro, publicou uma nota de repúdio, afirmando que as atitudes vistas nos vídeos não representam a entidade. "Repudiamos as atitudes demonstradas nos vídeos que estão circulando nas mídias sociais. Tais feitos são um retrocesso para a nossa universidade e, portanto, não representam a nossa querida Casa", publicaram no Instagram.

O influenciador Felipe Neto usou o X para cobrar uma atitude das autoridades. "Olá, ministro Fávio Dino. Sei que pode parecer ‘pouco’, mas não é. Que recado o país está dando ao deixar que esses alunos de medicina façam isso impunemente?”, escreveu ele.

A deputada Marina do MST (PT) afirmou que parte do time de futsal masculino da Unisa foi expulso dos jogos universitários após a masturbação coletiva. “O ato se configura como importunação sexual e deve ser encarado com a seriedade que merece. São essas mesmas figuras que cuidarão da nossa sociedade quando formados médicos? Não por acaso, o curso da mesma faculdade é conhecido pelos trotes violentos, misóginos e hierarquizantes”, publicou no X.

A deputada estadual Laura Sito (PT-RS) também usou as redes sociais para se pronunciar sobre o episódio. "No país que um 1 estupro é registrado a cada 7 minutos, um time de futsal masculino, da Faculdade de Medicina UNISA, se masturbou coletivamente durante jogo de vôlei feminino. O ato configura como importunação sexual e todos têm que ser punidos. Ser mulher é um ato de coragem!", escreveu no Twitter.

Já a deputada federal Talíria Petrone (PSol-RJ) afirmou que espera um posicionamento da faculdade sobre o ato. “Simplesmente nojento e criminoso o que estudantes de Medicina da Unisa fizeram no Intermed, torneio esportivo entre faculdades de Medicina de São Paulo. Esperamos que a Unisa tome providências, porque é um horror pensar que esses homens serão futuros médicos", escreveu.

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