VIOLÊNCIA POLICIAL

Caso Heloísa: PRF vai investigar visita de policiais ao hospital

Corregedoria da PRF vai investigar denúncia da família de Heloísa de que 28 agentes estiveram no hospital no dia do crime

Heloísa morreu no sábado (16/9) após ficar internada por nove dias. Ela foi baleada dentro do carro da família, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. -  (crédito: Reprodução/Instagram)
Heloísa morreu no sábado (16/9) após ficar internada por nove dias. Ela foi baleada dentro do carro da família, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. - (crédito: Reprodução/Instagram)
postado em 18/09/2023 18:56

A corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai investigar supostas visitas de 28 agentes da corporação ao hospital em que a menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, foi internada após ser baleada em abordagem dos agentes, no Rio de Janeiro. 

Heloísa morreu no sábado (16/9) após ficar internada por nove dias. Ela foi baleada dentro do carro da família, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

A presença dos agentes foi denunciada por uma tia da garota em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) da Baixada Fluminense. A mulher disse, ainda, que um dos policiais a intimidou. 

A corregedoria afirmou que não há denúncia formal, ainda, na unidade, mas que irá buscar identificar os motivos da presença de cada policial, além de uma eventual intimidação de pessoas. 

Justiça negou prisão de envolvidos na morte da menina

O juiz Yan Legay da 1ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro negou nesta segunda (18/9), a prisão dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva.

Os três são apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) como responsáveis pela morte de Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada em uma abordagem na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro dia 7 de setembro.

Na mesma decisão o juiz determinou que os agentes sejam afastados das ruas e fiquem em função administrativa com o uso de tornozeleiras eletrônicas. Além disso, os agentes deverão entregar armas e estão proibidos de se aproximar dos parentes da vítima, ou do veículo da família que está na 48ª DP (Seropédica), que deverá passar uma nova perícia.

A decisão de prisão foi solicitada pelo procurador Eduardo Benones. A Procuradoria ainda não se manifestou se recorrerá da decisão.

Heloísa morreu no sábado (16/9) após ficar internada por nove dias no Hospital Adão Pereira Nunes. Ela chegou a fazer cirurgia e sofreu uma parada cardiorrespiratória na quinta-feira (14/9). A morte foi confirmada na manhã do sábado (16/9).

Relembre o caso

A menina Heloísa foi atingida por duas balas de fuzil na cabeça e na coluna durante uma ação policial da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, no dia 7 de setembro. A criança estava no carro com os pais, a irmã de 8 anos e uma tia quando disparos foram efetuados contra o veículo. 

O agente Fabiano Menacho Ferriera admitiu ter feito os disparos de fuzil que atingiram a criança. Ele disse que a placa do carro da família de Heloísa indicava que o veículo era roubado. A mãe de Heloísa, disse que a família não sabia que tinha comprado um carro roubado. O pai da menina, que estava dirigindo o carro, afirmou que os policiais não sinalizaram para que ele parasse o veículo. 

Segundo a (PRF), mesmo se não ocorrer atendimento ao sinal de parada, não é permitido efetuar disparos contra veículos em abordagens. 

*Estagiária sob supervisão de Talita de Souza

 

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