Seca no Amazonas

Manaus segue encoberta por fumaça pelo segundo dia consecutivo

Fumaça tomou capital amazonense na quarta-feira (11/10) e é causada por queimadas irregulares de agropecuaristas. Ibama aponta que fumaça vem dos municípios de Careiro e Autazes

Ponte Rio Negro, em Manaus, encoberta por fumaça proveniente de queimadas irregulares -  (crédito: William Duarte/Rede Amazônica)
Ponte Rio Negro, em Manaus, encoberta por fumaça proveniente de queimadas irregulares - (crédito: William Duarte/Rede Amazônica)
postado em 12/10/2023 16:34

Manaus segue, nesta quinta-feira (12/10), pelo segundo dia consecutivo coberta por fumaça, devido às queimadas irregulares de agropecuaristas. Nas Zonas Sul e Centro-Sul da capital do Amazonas, os prédios ficaram encobertos e a visibilidade para os motoristas ficou prejudicada ainda nas primeiras horas do dia.

Ontem, universidades suspenderam as aulas presenciais, devido à nuvem de fumaça que cobriu Manaus. A plataforma que acompanha os níveis de poluição no mundo, a World Air Quality Index, considerou a cidade uma das piores cidades do mundo em poluição do ar.

O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no estado, Joel Araújo, afirmou que a fumaça vem dos municípios de Careiro e Autazes, que ficam na região da BR-319, cuja revitalização é cobrada por políticos locais e gera debate entre ambientalistas e pecuaristas. “Essa fumaça vem dessa região e é provocada pelo uso inadequado do fogo em áreas de agropecuária e que se estendem para áreas de vegetação.”

"O Ibama tem 45 brigadistas atuando em um grande incêndio ambiental, o maior da região, no município do Careiro, na tentativa de diminuir essa fumaça, que está sendo carregada de lá para a cidade de Manaus", emendou.

Autazes, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é o quarto município que mais registra queimadas em toda a Amazônia Legal durante outubro. Nos 10 primeiros dias do mês, já foram apurados 236 focos de calor na cidade. O estado contabilizou 9 mil focos de incêndio entre setembro e outubro, o que levou o Amazonas a decretar emergência ambiental.

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