VIOLÊNCIA

Quem era o miliciano morto pela polícia que motivou ataques no RJ

A morte de Matheus da Silva Rezende fez com que pelo menos 27 ônibus fossem alvos de incêndios criminosos na Zona Oeste do Rio de Janeiro

O governador do Rio Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que a principal suspeita era a de que Matheus estava sendo preparado para substituir o tio no comando da mílicia Liga da Justiça -  (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
O governador do Rio Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que a principal suspeita era a de que Matheus estava sendo preparado para substituir o tio no comando da mílicia Liga da Justiça - (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
postado em 24/10/2023 08:15

O miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus, foi morto durante uma troca de tiros com a Polícia Civil, na comunidade Três Pontes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã de segunda-feira (23/10). O criminoso era sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, procurado pela Justiça por ser um dos principais chefes do crime organizado. A morte de Faustão gerou uma onda de violência no estado. Pelo menos 27 ônibus foram alvos de incêndios criminosos.

O governador do Rio Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que a principal suspeita era a de que Matheus estava sendo preparado para substituir o tio Zinho no comando da mílicia Liga da Justiça. O homem estava sendo investigado pela morte de 20 pessoas envolvendo disputa de territórios com outros grupos milicianos. Faustão também foi denunciado, junto com outros cinco criminosos, de planejar a morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, em 2022.

Matheus da Silva Rezende também era sobrinho de outro miliciano que comandava a mílicia antes de Zinho: Wellington da Silva Braga, o Ecko. Segundo informações do g1, Faustão tinha tanta confiança dos líderes da organização criminosa que ele ficou responsável por levar o tio para um esconderijo para fugir da polícia. No entanto, Ecko foi descoberto e morto. 

O governador Cláudio Castro comentou sobre a operação policial contra a organização criminosa e disse que Faustão atuava como um "homem de guerra" na milícia. "Nossas forças de segurança estão em ação. Qualquer tentativa de enfrentamento ao poder do Estado será combatida. Não aceitaremos ações de bandidos que incendeiam ônibus e usam a população como escudo", afirmou.

O Correio tenta contato com a Secretaria de Segurança Pública para saber mais informações sobre a atuação da mílicia e acerca das operações policiais contra a organização criminosa, mas até a publicação desta matéria o jornal não obteve retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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